O que disse Dyego Coelho?
Em entrevista recente à ESPN, Dyego Coelho, ex-lateral do Atlético Mineiro, revisitou um momento polêmico de sua carreira: a agressão ao jogador Kerlon “Foquinha” em um clássico contra o Cruzeiro, ocorrido em setembro de 2007.
Coelho expressou arrependimento pela atitude, mas relembrou como foi exaltado pelos torcedores do Galo após a partida. “Fiz tudo o que o atleticano quis fazer“, afirmou.
Na entrevista, Coelho relatou como a atmosfera do clássico influenciou suas ações. “Na semana do clássico, eu estava vendo aquela coisa de Atlético e Cruzeiro. Começa a situação da foquinha. O clássico é pesado. Se tiver isso daí, vai dar ruim‘”, disse, lembrando da tensão que precedeu o confronto.
Como foi aquele clássico?
O jogo em questão foi um dos mais emocionantes daquela temporada. O Cruzeiro abriu uma vantagem de 2 a 0, mas o Atlético conseguiu virar para 3 a 2. No entanto, a Raposa retomou a liderança, fechando o placar em 4 a 3.
O Mineirão estava dividido ao meio, com torcidas fervorosas de ambos os lados. Foi nesse cenário que Kerlon entrou em campo e começou a fazer suas tradicionais “jogadas da foquinha“.
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Coelho descreveu o momento exato em que perdeu a paciência. “O filho da mãe, com o Cruzeiro vencendo, coloca a bola na cabeça. Eu falei: ‘Sai que ele é meu’. Aí, tomou. Fui expulso direto“, contou. Ele foi imediatamente sancionado com um cartão vermelho, mas a reação da torcida do Galo foi de celebração. “A Galoucura começa: ‘O Coelho é o terror’”, lembrou.
Coelho repetiria o lance?
O ex-jogador revelou que foi recebido como herói pelos torcedores do Atlético. Ele recorda o dia seguinte ao jogo, quando foi amplamente reconhecido e aclamado pelos torcedores. “No dia seguinte, vou levar minhas filhas na escola, abastecer, na padaria… ‘Coelho, aqui você não paga, aqui não paga’. Eu fiz tudo o que o atleticano quis fazer. Eles me adoram“, finalizou.
O confronto foi válido pela 26ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro e é lembrado por sua intensidade e reviravoltas. Embora o Cruzeiro tenha saído vitorioso por 4 a 3, a expulsão de Coelho, que ocorreu aos 35 minutos do segundo tempo, tornou-se um dos episódios mais comentados do jogo.
Coelho admite que, olhando para trás, não repetiria a agressão. “Não faria de novo hoje. Era isso, ou ele entraria na área“, refletiu.