Caso de racismo entre Fortaleza x São Paulo pela Copa do Brasil sub-20
Na noite desta quarta-feira (12), o jogo entre Fortaleza e São Paulo, realizado no estádio Presidente Vargas, pelas quartas de final da Copa do Brasil Sub-20, foi marcado por uma grave acusação de injúria racial.

Matheus Ferreira, jogador do time paulista, acusou Rocco, do Fortaleza, de ter cometido um ato de racismo. O episódio aconteceu aos 26 minutos do primeiro tempo e levou à paralisação da partida, que ficou interrompida até os 30 minutos. Apesar da seriedade da acusação, ambos os atletas seguiram em campo e não houve punições imediatas.
O que o jogador do Fortaleza teria falado para o atleta são-paulino?
Conforme a repórter Marta Negreiros, do Sportv, jogadores do São Paulo alegaram que Rocco teria chamado Matheus de “macaco”. Membros da equipe paulista confirmaram à jornalista que o jogador chileno do Fortaleza teria dito: “Cala a boca, seu macaco“.
Sendo assim, a situação gerou um início de confusão, com os jogadores do São Paulo se voltando contra Rocco e o questionando imediatamente: “Quem é macaco?“.
Inclusive, na saída para o intervalo, Andrade, capitão e camisa 4 do São Paulo, se mostrou revoltado com a situação e pediu uma punição para o jogador do Fortaleza, em razão da acusação de injúria racial. O defensor exigiu que o episódio fosse tratado com seriedade e que medidas fossem tomadas em relação ao ocorrido.
“Não podemos mais admitir isso. Tem que sair daqui para a delegacia. A gente tem que ver o mais rápido possível. Não ouvi, mas meus amigos ouviram“, declarou o capitão do Tricolor Paulista para o SporTV.
Qual é a punição para quem comete injúria racial?
Vale ressaltar que a pena para o crime de injúria racial varia de 1 a 3 anos de reclusão, além de multa. Caso o crime seja cometido em público, como ocorreu em Parnaíba, a pena pode ser aumentada.
Em 2023, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal (STF determinou que a injúria racial também passou a ser imprescritível, assim como o racismo. Isso significa que a vítima tem o direito de denunciar o crime a qualquer momento, independentemente do tempo que tenha se passado desde o ocorrido.