Após dez anos do 7 a 1, Neuer afirma "Não era normal que todas as chances terminassem em gol"

Alemanha goleou o Brasil na Copa de 2014

Com apenas um minuto de jogo, Marcelo recebeu na entrada da área e arriscou o chute, mas o goleiro Manuel Neuer defendeu sem dar rebote. Talvez Neuer tenha imaginado que, a partir dali, o Brasil iniciaria uma pressão incessante, embalado pelos 58 mil torcedores que lotavam o Mineirão naquele 8 de julho de 2014, na semifinal da Copa do Mundo.

• Cruzeiro bate Atlético-MG por 2 a 0 e aumenta tabu do clássico
• Palmeiras empata com o Cruzeiro em 1 a 1 e é campeão brasileiro

Thomas Müller abriu o placar aos 11 minutos, e o Brasil se descontrolou. Com meia hora de jogo, a Alemanha já vencia por 5 a 0. A passagem para a final estava praticamente garantida, e o restante da partida apenas confirmou o histórico 7 a 1, a maior derrota do Brasil em uma Copa do Mundo, que completa dez anos nesta segunda-feira.

“Naquele dia, tudo simplesmente se encaixou. Por isso foi importante defender a primeira oportunidade do Brasil e marcar o primeiro gol” afirmou Neuer.

Neuer relembra a semifinal histórica

O goleiro alemão, ainda titular do Bayern e da seleção, tornou-se um espectador privilegiado do restante do primeiro tempo, já que o Brasil não conseguiu criar mais chances reais após a avalanche de gols da Alemanha.

“Eu me lembro de tudo. A atmosfera estava um pouco tensa no início. Mas ao longo do jogo, isso se transferiu para a própria seleção brasileira. Os torcedores ficaram zangados com a sua equipe. Depois veio a raiva e, claro, a tristeza aumentou. Eles ficaram muito, muito decepcionados com sua própria seleção.”

Ao relembrar a semifinal histórica, Neuer destaca a importância do planejamento feito pela comissão técnica para a partida, com apoio dos analistas de desempenho que mapearam taticamente a seleção brasileira.

Neuer comenta sobre o que rolou no vestiário no intervalo

Após abrir 5 a 0 no primeiro tempo, a seleção da Alemanha precisava manter a concentração na etapa final. Neuer acredita que a postura respeitosa de sua equipe foi percebida pelos torcedores, refletindo na decisão contra a Argentina, quando a Alemanha teve grande apoio da torcida brasileira no Maracanã.

“No vestiário, dissemos que não era para tentar fazer gracinha ou “Jogo Bonito” contra o Brasil. Apenas continuamos jogando sério e mantendo a cabeça fria, não fomos arrogantes. Tratamos nosso adversário e os torcedores no estádio com muito respeito.”