A situação do Cruzeiro é dramática em todos os aspectos. Rebaixado há um ano e meio, o clube se viu na maior crise financeira e política de sua história centenária, culminando em afastamento de cartolas e dirigentes. Na Justiça, processos e mais processos e altíssima chance de bloqueio da Fifa, que impediria a oportunidade da direção em se reforçar para a Série B. Em campo, as consequências.
Fora das decisões em Minas há dois anos, ausência na elite do futebol brasileiro pelasegunda temporada seguida e técnicos demitidos em massa. Em 2020, Adílson Batista, Enderson Moreira, Ney Franco e Luiz Felipe Scolari. Na atual temporada, Mozart é o segundo treinador em exercício, após a demissão de Felipe Conceição.
Nesta quarta-feira (16), a Raposa encara a Ponte Preta em Campinas buscando a primeira vitória na Série B. Hoje o time celeste é a vice-lanterna com apenas um ponto conquistado em três partidas. Há pouco,Vittorio Medioli, empresário influente no Cruzeiro e ex-CEO do clube, concedeu entrevista exclusiva à rádio Itatiaia em que expõe as alternativas para a agremiação sair do “fundo do poço”.
Como o próprio Samuel Venâncio, setorista da Itatiaia que o entrevistou, resume,Medioli vê dois caminhos para a recuperação do Cruzeiro. “(1) Aquele de começar do zero (aí começaria na última divisão de tudo); ou (2)fazer uma S/A separando o futebol do clube social e sem nenhuma interferência do Conselho. Autonomia total da SA”.
Vale lembrar que o atual presidente Sérgio Rodrigues se encontra em situação complicadíssima no cargo. Vem se envolvendo em polêmicas com a torcida – como no protesto do último fim de semana – e perdendo apoio dos antigos aliados. Para piorar, Pedro Lourenço, principal patrocinador do clube, rompeu relações com o clube por desavenças com o mandatário celeste.