O futebol asiático tem abrigado cada vez mais jogadores brasileiros nos últimos anos. Alguns nomes bem conhecidos por aqui, e outros nem tanto,tem deixado o Brasil para encarar novos desafios, em países como Japão, China, Arábia Saudita e Catar. Tem jogador de Copa do Mundo, caso de Bernard, que hoje joga no Sharjah Cultural Sports Club, dos Emirados Árabes, e bicampeão do Campeonato Brasileiro, caso de Moisés, atualmente noShandong Taishan, da China.

Foto: Max Montecinos / LatinContent / Getty Images
© Foto: Max Montecinos / LatinContent / Getty ImagesFoto: Max Montecinos / LatinContent / Getty Images

E entre esses bons exemplos “internacionais”, está o atacante Maicon Bolt. Revelado pelo Fluminenseem 2008, o jogador chegou ao Lokomotiv, Rússia, em 2010. Por lá, ficou até 2017, quando transferiu para o Antalyaspor, da Turquia. Em 2019, voltou o futebol brasileiro, para vestir a camisa doAtlético-MG. Na temporada seguinte, chegou aoBuriram United, da Tailándia. Pela equipe tailandesa, não só se firmou, como tornou-se referência para elenco e torcida.

Foto: Thomás Santos/AGIF

“Meu foco é esse, quero fazer história no clube e para isso preciso conquistar títulos. Nessa temporada estamos no caminho certo, espero que final de maio de 2022 posso colocar meu nome na história do clube sendo campeão aqui”, destacou o atleta, hoje com 31 anos.

Em entrevista exclusiva ao Bola Vip Brasil, Maicon Bolt cometou sobre outras questões, como a transição ao esporte no país asiático, adaptação à cultura e aoidioma, bem como um possível retorno e sondagens do Brasil. Confira:

Como foi a transição do futebol brasileiro para o tailandês?

– Foi muito tranquilo, porque o clima é parecido com Brasil e já tinha brasileiros no time. Isso ajudou bastante para se adaptar rápido ao país e ao estilo de jogo do Buriram.

É muito diferente o estilo de jogo, como foi para se adaptar ao idioma?

– O estilo de jogo aqui é mais físico e brigado, só que nosso time é bom e conseguimos ter qualidade técnica, isso faz muita diferença. Sobre o idioma, eu me comunico através do inglês, é aonde eu consigo desenvolver um pouco melhor, Tailandês é muito difícil para aprender vai levar um tempo.

Aos 31 anos você vive uma boa fase na sua carreira, tem pretensão de retorno ao futebol nacional?Já recebeu sondagens de algum time do futebol brasileiro nos últimos meses? Se sim, quais?

– Eu estou feliz na Tailândia e quero ficar por aqui até final da minha carreira, não tive proposta de nenhum clube até agora,só que tenho contrato com Buriram por mais um tempo e estou focado aqui.

Além do futebol, como foi se adaptar a uma cultura diferente e o do que sente falta do Brasil?

– Eu vivi em outros países e já conhecia outras culturas, isso para mim foi muito tranquilo, eu não sinto falta de nada do Brasil porque aqui nós encontramos tudo para se alimentar e viver. A Tailândia tem me surpreendido bastante nesse quesito.