O Santa Cruz se classificou para a segunda fase da Série D. O empate contra o Lagarto do Sergipe, noúltima sábado (16), garantiu o time na próxima fase da quarta divisão brasileira. Agora, o adversário será o Retrô de Pernambuco, valendo uma vaga para as oitavas de final. Se no campo os resultados estão vindo, fora dos gramados o Clube vive uma crise no elenco.

Agif/Aguilar Abecassis – Martelotte perde peça importante no Santa Cruz
© 1862Agif/Aguilar Abecassis – Martelotte perde peça importante no Santa Cruz

Isso porque o lateral Edson Ratinho foi demitido nesta segunda-feira (18), por causa de declarações feitas após o último jogo do Tricolor. O atleta expôs a falta de apoio que o elenco estaria sofrendo da diretoria. As palavras do defensor não agradaram o Santa Cruz, que procurou o profissional hoje mais cedo para encerrar o vínculo com o time do Arruda. Na entrevista, Edson falou sobre a falta de pagamento em dia no Clube.

“A palavra-chave foi sobrevivência. Não só a nossa pessoal, mas para o clube. A gente o quanto o clube está carente. Imagina o clube ficar sem calendário. É um alerta e desabafo: a diretoria tem que estar mais do nosso lado, tem que jogar junto. Tem que cobrar. A gente não teve uma cobrança. p…. Por que eles não cobraram? Porque estão devendo, porque estão com rabo preso. Assumo todas as palavras aqui. Em uma semana dessa, não vi um presidente, um diretor. Não teve nenhuma reunião”, reclamou Edson Ratinho, após o jogo contra o Lagarto.

Site oficial do time: Rafael Melo/Site Oficial Santa Cruz – Edson Ratinho foi demitido pelo Santa Cruz

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Uma outra situação inusitada em que Edson compartilhou no desabafo envolve um funcionário do Santa Cruz. Segundo o jogador, ele teria ajudado financeiramente uma pessoa que trabalha no Clube a comprar um gás de cozinha. Segundo informação do site Globoesporte.com, o Tricolor está com os salários atrasados há quatro meses.

“Vou desabafar aqui. Nessa semana, eu tive que fazer pix para funcionário comprar gás de cozinha. Isso dói em mim, porque eu sou pai de família. Uma coisa que tenho é tenho palavra e já quis falar isso antes: presidente e diretor têm que estar do nosso lado, tem que jogar junto. Eu posso ser mandado embora hoje, mas ninguém vai poder dizer que o Ratinho não treinou, ou deu migué. Isso não. Eu estou aqui desde o dia 7 de fevereiro e nunca deixei de treinar. Sou sujeito homem. Se quer subir, não é só convocar o torcedor”, confidenciou o atleta.