A Copa do Mundo é o foco principal do futebol internacional, quando o foco se volta às seleções. Em fim de ciclo, a contagem para o início do torneio, a ser disputado no Catar, fica cada vez mais reduzida. Faltando sete meses para o Mundial, já temos garantidas quase todas as seleções e os grupos sorteados.
Com 29 dos 32 países a participar da Copa já definidos, agora a espera é pela definição dos duelos restantes em repescagem, com partidas que serão disputadas em junho. Entre os garantidos, o destaque vai para os muitos trabalhos de grande longevidade – especialmente avaliando os que foram desenvolvidos desde a Copa passada.
Confira quem são os 10 treinadores que estão há mais tempo no comando das seleções já classificadas ao Mundial. No destaque, vale ressaltar que nove deles já comandam seus times no período da última Copa do Mundo, disputada na Rússia, em 2018.
Além disso, alguns nomes que assumiram no pós-Copa, como Lionel Scaloni (Argentina), Paulo Bento (Coreia do Sul) e Hajime Moriyasu (Japão), ficaram fora por pouco.
Os 10 treinadores mais longevos entre as seleções da Copa:
10º: Luis Enrique (Espanha) – 3 anos e 9 meses (desde julho de 2018)
Primeiro treinador a assumir uma seleção no pós-Copa, ‘Lucho’ foi anunciado pela Federação Espanhola quase imediatamente após a participação do país no torneio da Rússia. Entre julho e novembro de 2019, ele deu uma pausa no trabalho por questões de saúde, mas retomou as atividades na sequência.
9º: John Herdman (Canadá) – 4 anos e 3 meses (desde janeiro de 2018)
Velho conhecido dos canadenses, Herdman vem de um ciclo longo com a seleção norte-americana e classificou o país para um Mundial após 36 anos. Além disso, o técnico inglês já havia passado pela seleção feminina do Canadá. No ciclo, o país tem se destacado e avançou nas Eliminatórias como líder na tabela, batendo os Estados Unidos e também o México.
8º: Zlatko Dalic (Croácia) – 4 anos e 6 meses (desde outubro de 2017)
Organizador da campanha croata que culminou com o vice-campeonato na Copa de 2018, ele assumiu o comando menos de um ano antes daquele torneio. Antes disso, o técnico, também croata, veio de trabalhos no futebol asiático. Agora, Dalic leva a seleção com um time bem diferente e renovado em relação ao que foi finalista na Rússia – sem referências como Mandzukic, Rakitic e o goleiro Subasic.
7º: Félix Sánchez (Catar) – 4 anos e 9 meses (desde julho de 2017)
Responsável por comandar a anfitriã do torneio neste ano, o técnico espanhol vem de bom histórico com a equipe catari. Campeão da Copa Asiática em 2019, Sánchez é responsável por um trabalho de grande crescimento no país, especialmente aproveitando o bom nível dos melhores times no Catar, como foi o Al-Sadd treinado pelo seu compatriota Xavi.
6º: Gareth Southgate (Inglaterra) – 5 anos e 7 meses (desde setembro de 2016)
Grande nome no processo de renovação da seleção inglesa atual, Southgate é um dos maiores responsáveis pela Inglaterra ter voltado a disputar fortemente as grandes competições. Desde a chegada do treinador, o English Team chegou à semifinal da Copa de 2018, foi semifinalista da Liga das Nações em 2019 e chegou à final da Eurocopa, no ano passado.
5º: Roberto Martínez (Bélgica) – 5 anos e 8 meses (desde agosto de 2016)
Algoz brasileiro na Rússia, o treinador espanhol assumiu a Bélgica logo após a Eurocopa de 2016, e foi com ele que o país assumiu o patamar que era esperado desde o surgimento dos grandes jogadores da geração. Quase quatro anos depois, ele segue no comando, no que pode ser o último torneio com os maiores atletas belgas dos últimos anos.
4º: Tite (Brasil) – 5 anos e 10 meses (desde junho de 2016)
Único treinador brasileiro a ficar, de forma consecutiva, por mais de um ciclo no cargo, contando o século XXI, ele já confirmou que deixa o cargo depois da Copa do Mundo. No período, uma passagem com aproveitamento muito alto, título continental, e também algumas críticas por conta das poucas – e significativas – derrotas nos últimos anos. Chega ao Catar com a melhor campanha da história das Eliminatórias pelo Brasil.
3º: Aliou Cissé (Senegal) – 7 anos e 1 mês (desde março de 2015)
Nome icônico no país, Cissé esteve no elenco quadrifinalista da Copa de 2002, e também levou o país ao Mundial de 2018, o primeiro desde a campanha dele como atleta. Agora, a seleção chega ao Catar em um patamar ainda mais alto, com o título africano e um bom momento dos jogadores de destaque, titulares em equipes de elite na Europa, como o atacante Sadio Mané (Liverpool) e o zagueiro Kalidou Koulibaly (Napoli).
2º: Fernando Santos (Portugal) – 7 anos e 7 meses (desde setembro de 2014)
Campeão europeu em 2016, Fernando Santos vive uma montanha russa no comando da seleção portuguesa. Bastante criticado durante a última Eurocopa, e também na vice-liderança do Grupo A das Eliminatórias para a Copa, o comandante tem convivido com questionamentos. Contudo, a Copa do Mundo deste ano traz uma geração reluzente no país e o complemento de um cada vez mais experiente Cristiano Ronaldo. Pode ser, também, o último torneio do treinador no comando da seleção lusitana.
1º Didier Deschamps (França) – 9 anos e 9 meses (desde julho de 2012)
Atual campeão mundial, o técnico francês está bem perto de completar uma década no comando da seleção. No período, ele quase ganhou tudo o que era possível: venceu também a Liga das Nações no ano passado, e foi vice-campeão europeu em 2016. Além da expectativa alta no país, por conta do alto nível do time, que não piorou desde o título mundial, há também a experiência de Deschamps, que venceu a Copa de 1998 como jogador.