Após uma passagem magistral pelo Athletico-PR, onde conquistou títulos como a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana, Tiago Nunes foi contratado pelo Corinthians para dirigir o time em 2020. A trajetória no CT Joaquim Grava foi, todavia, decepcionante. Com uma eliminação precoce ainda na fase preliminar da Libertadores e fracas atuações no Campeonato Brasileiro, o técnico acabou demitido nove meses depois – o futebol ficou paralisado por cerca de quatro meses em meio à pandemia.
O treinador não conseguiu colocar em prática seu plano de jogo em quase nenhum momento e teve dificuldades em lidar com o ambiente no clube. Para começar, optou pelas saídas de Jadson e Ralf no início da temporada, o que causou polêmica com a torcida. Além disso, apostou em jogadores que realmente não vingaram. Caso do meia-atacante Luan.
Após ser o craque da Libertadores em 2017, Luan caiu de produção e saiu pela porta dos fundos do Grêmio. Corinthiano de coração, o atleta escolheu vir ao Timão em uma operação de quaseR$ 23 milhões, com ajuda do Banco BMG. Em entrevista ao SporTV na tarde desta terça-feira (02), Tiago admitiu que fracassou no plano de potencializar o rendimento do camisa 7.
“Eu pensava em jogadores de velocidade e da Europa, pois o comparativo era o Flamengo. Precisava de jogadores com maior capacidade de decisão de jogo, do meio para frente”, começou Tiago antes de falar especificamente sobre Luan.
“Luan acabou virando figura pública, criou-se grande expectativa, esperava-se coisas mágicas, que resolvesse coisas sozinhas (…) Ele não é de velocidade, de contato físico, mas sim de volume de jogo. Não tem intensidade alta. Ele precisa de um jogo cadenciado, de toque. Quando me passaram nome dele, achei que poderia ser um diferencial. Potencial técnico é muito bom, mas não tive a competência necessária para potencializá-lo ao máximo”, lamentou Tiago, que está livre no mercado. A expectativa é que feche com o Cuiabá, que acaba de subir para a Série A.