A relação do técnico holandês Louis van Gaal com os brasileiros não é nada agradável, o treinador já chegou a ser chamado de o “Hitler dos jogadores brasileiros”, pelo meia Giovanni, ídolo dos Santos. Mas ele não foi o único a enfrentar problemas com Van Gaal, Rivaldo e Sonny Anderson, no Barcelona, Lúcio, no Bayern de Munique, Rafael, no Manchester United foram alguns dos brasileiros que sofreram nas mãos do polêmico holandês.
Mas Ari, jogador revelado no Fortaleza, conseguiu fugir a regra e conquistar uma boa relação com o treinador. O brasileiro foi comandado por Van Gaal em 2007, no AZ Alkmaar-HOL e juntos conquistaram o Campeonato Holandês e a Supercopa da Holanda. “Fiz um DVD muito bom na Suécia, o Van Gaal viu, gostou e me contratou. Minha experiência com ele foi maravilhosa, ao contrário da maioria dos brasileiros”, contou o atacante em entrevista ao ESPN.
Diferente dos demais compatriotas que tem amargas lembranças do holandês, Ari construiu uma boa relação com o treinador e afirma que aprendeu muito com o comandante. “Com ele, eu aprendi demais. No começo, tive a atenção chamada muitas vezes por causa de disciplina, mas ele é um treinador fantástico. Joguei com ele por três anos na Holanda e fomos campeões holandeses, acabando com domínio do Ajax e PSV. Jogamos com destaque também na Champions e Copa da Uefa, além de ganhar a Supercopa”, lembrou.
Ari, no entanto, admitiu que Van Gaal tem uma visão negativa sobre os jogadores brasileiros. “De cara, quando o conheci, notei na hora que teria que mudar algumas atitudes minhas pra me dar bem com o cara, principalmente em relação à disciplina. É um cara que cobra muito isso dos atletas, e, se você notar, ele dificilmente trabalha com brasileiros, porque acha que somos indisciplinados”, relatou o matador.
Para manter a boa relação com o técnico Ari afirmou que precisou aprender holandês e a nunca chegar atrasado. “Quando cheguei, fazia direitinho tudo o que ele pedia, mas ele me chamou e disse que eu teria que aprender holandês, assim como vários outros atletas estrangeiros. Muitos jogadores falaram que não iam fazer aulas, porque isso não estava como obrigação no contrato, mas eu topei fazer”, ressaltou.
“Aí começaram as aulas e de cara ele me chamou a atenção duas vezes porque eu cheguei cinco minutos atrasado. Rapaz, pro Van Gaal, um minuto de atraso já é muita coisa (risos). Ele cobrava muito isso dos atletas, e eu agradeço demais. Creio que aprendi e evoluí muito com ele, como jogador e pessoa”, elogiou Ari.