A Ferroviária engatou uma sequência ruim de duas derrotas na Fonte Luminosa e pode ver sua situação se complicar ao longo do Campeonato Paulista. No último domingo (22), a Locomotiva foi derrotada pelo Santo André, de virada, pelo placar de2 a 1, e agora ocupa a terceira posição do Grupo C, com três pontos. O treinador Vinicius Munhoz falou sobre as conversas que têm acontecido no vestiário.
“Quando se tem derrota é normal a cobrança. A gente se cobrou já no final do jogo, não pode ir para o intervalo com uma vantagem no placar e voltar para o segundo tempo, levar a virada e ainda com um jogador a mais, então nos cobramos justamente em relação a isso“, relatouMunhoz.
A Ferroviária contratou 17 jogadores para a disputa do Estadual. Apesar de parte da equipe ter tido uma pré-temporada, alguns jogadores chegaram pouco antes do início da competição, como por exemplo, o lateral-esquerdo Sanchez, há três dias da estreia. Outro ponto levantado por Munhoz é de que o tempo e espaço são curtos para treinar a ponto de corrigir os erros em campo.
“Campeonato Paulista é uma competição rápida, curta, é um tiro muito curto. Cabe a gente rapidamente recuperarmos, entender a competição que está jogando, e que nos reserva jogos difíceis, confrontos diretos a todo o momento. A realidade é que não tem tempo para se fazer muita coisa relacionada a treinamento. Então, o que nós temos que fazer é nos cobrarmos no sentido de poder estar mais atento estar para nas próximas rodadas aí a gente voltar equilibrar os dois tempos, a Ferroviária tem sofrido um pouco com isso e não deixar o resultado escapar como escapou especialmente nessas duas últimas rodadas“,apontou o treinador Vinícius Munhoz.
Na visão do comandante, faltou tranquilidade à equipe na derrota diante o Ramalhão. Segundo Munhoz, o time não seguiu o que foi conversado no intervalo da partida sobre manter a posse de bola, uma vez que já havia aberto vantagem e vinha de desgaste por conta da partida diante do São Paulo, que também culminou em derrota de virada.
“No primeiro tempo a Ferroviária teve o domínio das ações, dentro daquilo que nós programávamos e tinha feito como estratégia. Nós estávamos conseguindo construir bem as jogadas principalmente pelo lado esquerdo, com o Rafael sincronizando muito bem as jogadas ali com Matheus Lucas, o Kennedy com a passagem do Tito, com o Ytalo também aproximando. Foi assim, por exemplo, que a gente conseguiu fazer o gol. Depois que fizemos o gol, a gente abriu mão um pouco de jogar, eu acho que até natural no momento do jogo, mas no intervalo nós conversamos de que a gente deveria ter mais a bola no segundo tempo para sofrer menos. A gente precisa ter um pouco mais de tranquilidade especialmente quando está na frente no placar“, analisou Vinicius Munhoz.