Ao ser eleito novo presidente do São Paulo, Julio Casares parece ter entendido que “em time que está ganhando, não se mexe”. Tanto que precisou remanejar seu plano A para a pasta de futebol a partir de 2021. Nos bastidores, o mandatário já havia acertado tempo de contrato com Rodrigo Caetano, em fim de vínculo no Internacional, mas diante da alta rejeição da torcida, acabou recuando. Manteve Raí à frente do cargo até o final da temporada.

Foto: Divulgação/Cruzeiro
Foto: Divulgação/Cruzeiro

Além disso, o orçamento mais enxuto aprovado para o próximo ano também foi determinante para que as tratativas com Caetano esfriassem.A previsão é de superávit de R$ 12,5 milhões. Se fechar com um profissional imediatamente, o São Paulo teria de pagar dois diretores executivos nos meses de janeiro e fevereiro, o que foi descartado pelo grupo de Casares.

Na gerência de futebol, Alexandre Pássaro está deixando o cargo, mas bancar Fernando Diniz como técnico em meio às críticas fortaleceu a imagem de Raí diante da torcida. Os são-paulinos creem que manter o ídolo é bem melhor do que trazer um nome contestado no mercado, assim como Caetano após trabalhos sem brilho em Internacional e Flamengo.

Diego Cerri, do Bahia, foi consultado pelo grupo de Casares (Foto – Felipe Oliveira/EC Bahia)

Raí não está garantido para a próxima temporada – que começa a partir de março – e Casares já está engatilhado em sondar outros nomes. De acordo com o jornalista Jorge Nicola, dos canais ESPN, nos últimos dias o São Paulo consultou informações sobre três dirigentes brasileiros. São eles: Diego Cerri, do Bahia, Thiago Scuro, do Red Bull Bragantino, e André Zanotta, ex-Grêmio e hoje no Dallas FC-EUA.

Nessa prospecção de nomes para a direção de futebol, Cerri não pôde aceitar o convite por conta de problemas pessoais, informou Nicola. Quanto aos dois primeiros, Scuro optou por continuar no Bragantino, onde tem vínculo até dezembro de 2023. Já Zanotta também não deve deixar o clube da Major League Soccer (MLS).