O Palmeiras economizou milhões de reais em 2020 com uma mudança mais severa no mercado de transferências. Ao invés de investir quantias exuberantes com reforços, a diretoria decidiu apostar em jogadores das categorias de base. A decisão partiu da saída de Alexandre Mattos, hoje no Atlético. Carlos Eduardo, Deyverson, Erik, Juninho, Guerra e Borja são só alguns dos exemplos de negociações frustradas nesta última década.
Foram gastos R$ 110 milhões somente nesses jogadores citados. A escolha pela base também pode resultar em futuras vendas milionárias. Representantes e olheiros do futebol europeu já monitoram algumas promessas do Palmeiras, que pretende abrir mão de atletas mais experientes. Nacho Rivarola, jornalista da ESPN da Argentina, informou que o Verdão está de olho em Agustín Palavecino, meia do Deportivo Cali.
O contrato do meio-campista é válido até dezembro de 2021. O valor de mercado do meia chamou a atenção da torcida palmeirense — € 1,3 milhão de euros (R$ 8,2 milhões). A quantia é considerada baixíssima pelo poder de investimento do Palmeiras, que realizou inúmeras transações milionárias nos últimos anos. Guerra e Ramires, por exemplo, recebiam salários altíssimos. Os dois, no entanto, já acertaram suas respectivas saídas.
Com a camisa do Palmeiras, Ramires atuou em 45 partidas e marcou um gol. Contratado com expectativa e com um alto salário, o jogador não correspondeu dentro de campo e perdeu espaço na equipe para os mais jovens, como Danilo, Gabriel Menino e Patrick de Paula. O volante abriu mão de boa parte dos vencimentos, segundo o UOL Esporte. Por isso, o Verdão garantiu uma economia de R$ 30 milhões na saída do medalhão, que ainda está sem clube.
Guerra, assim como Borja, foi uma das contratações mais caras da história do Palmeiras. Contratado em 2017 com o rótulo de melhor jogador do continente, quando foi campeão da Libertadores pelo Atlético Nacional, o meia custou R$ 11,7 milhões, dinheiro investido com aporte da Crefisa. A saída dos atletas resultou numa economia gigantesca aos cofres do clube, que pode usar esse dinheiro na próxima janela de mercado de transferências.