"Saber o quanto valemos"; Petraglia ironiza Ronaldo e aponta que SAFs foram amadoras no Brasil

Desde o final de 2021, o futebol brasileiro passa por uma espécie de transição no que diz respeito ao modelo de administração dos clubes. Ronaldo Fenômeno deu o pontapé inicial ao comprar a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Cruzeiro. Meses depois, o norte-americano John Textor faria o mesmo no Botafogo. Finalmente a 777 Partners completou o “trio” no Vasco da Gama.

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Presidente do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia usou a ironia para avaliar que os negócios não foram concluídos da maneira mais lucrativa. “O que estamos vendo atualmente são os clubes se entregando a investidores por preços absurdamente baixos. É o preço de um jogador”, opinou o rubro-negro em entrevista ao portal UmDoisEsportes.

Só para efeito de análise, Ronaldo e Textor compraram 90% das SAFs de Cruzeiro e Botafogo, respectivamente. Agora, o Vasco vendeu 70% à 777 Partners por R$ 700 milhões. De acordo com o GE, a negociação de Neymar foi negociado, em 2013, pelo Santos aí Barcelona por 88,4 milhões de euros. Na cotação atual, representaria R$ 514 milhões, ou seja, mais do que mineiros e alvinegros.

Petraglia se referiu que as negociações das SAFs dos três clubes “são reflexos da forma amadora que o futebol brasileiro é gerenciado nos últimos anos”, escreve a matéria do GE. No caso do Athletico, há, sim, o plano de vender sua SAF, porém o mandatário se mantém cauteloso para o projeto.

“Tenho várias propostas, mas vou fazer avaliação , quero saber o quanto valemos. Temos um modelo que nos interessa da melhor forma, mas vamos ver como o mercado reage”, completou Petraglia.

Vale relembrar que ossócios do Athletico aprovaram a mudança para clube-empresa em novembro. O exemplo de modelo prevê a criação da CAP SAF com uma ação de propriedade Classe A e 100% de ações Classe B.