Ricardo Sá Pinto, novo treinador do Vasco, concedeu sua primeira entrevista coletiva na Colina. O português estava sem trabalhar desde que deixou o Braga, em dezembro do ano passado. Ele chegou ao Brasil juntamente com sua comissão técnica: o auxiliar Rui Mota, o preparador físico João Moreira e o analista de desempenho Igor Dias. Ele ainda não estreia contra o Inter, neste domingo (18), pela 17ª rodada do Brasileirão.
O Vasco será dirigido no Beira-Rio por Alexandre Grasseli, interino que comandou o time na derrota por 2 a 1 para o Flamengo. O auxiliar Diogo Siston e o coordenador Eduardo Hungaro estarão ao lado do treinador do sub-20. Sá Pinto foi abordado sobre possíveis dificuldades financeiras ao longo da temporada, envolvendo atrasos salariais e contratações. O português relembrou seu trabalho no Braga, quando não tinha muito orçamento.
“No Braga, com um orçamento bem limitado, conseguimos ser a melhor equipa de todos os grupos da Liga Europa, a melhor equipa. Conseguimos vencer uma equipe que tem dez vezes o nosso orçamento, todos os jogadores nas seleções nacionais. Também temos que ser cientes da realidade, por mais que nos custe, temos que aceitá-la, e não podemos é andarmos constantemente a procura de uma justificação. É hora de trabalho”.
Apesar da dificuldade financeira, Alexandre Campello, presidente do Vasco, segue se movimento para trazer novos reforços. Neto Borges, Guilherme Parede e Carlinhos foram alguns dos jogadores anunciados nos últimos meses. Leonardo Gil, volante argentino, foi oficializado nesta última semana e já chegou com grande expectativa por parte da torcida vascaína. Sá Pinto, inclusive, revelou que foi muito bem recebido por elenco e funcionários do clube.
“O primeiro contato com os jogadores foi muito positivo. Senti-los com disposição para conseguirmos juntos fazermos muitos resultados positivos. Os resultados não caem do céu, nem aparecem sem trabalho, e o trabalho não basta só dizer que trabalhou, trabalhar com qualidade e há que trabalhar sobre uma ideia concreta de jogo e sobre um modelo concreto de jogo. Eu não consigo dissociar o processo defensivo do processo ofensivo”.