A relação do Grêmio com o empresário Pablo Bueno definitivamente não é das melhores. Recentemente o representante do atacante Ferreira entrou na Justiça contra o clube gaúcho após desavenças na renovação de contrato da joia do CT Luiz Carvalho. Só que as rusgas de Bueno com o presidente Romildo Bolzan Jr. remontam a 2019, quando outro de seus pupilos, o também atacante Tetê, acabou vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, sem receber uma oportunidade entre os titulares.
No início da temporada passada, Bueno procurava convencer a direção gremista a subir Tetê para o elenco de Renato Portaluppi. Entretanto, no fim de fevereiro, o então garoto de apenas 19 anos era vendido para o clube ucraniano por cerca deR$ 42 milhões. Em entrevista posterior, Bueno não poupou críticas à gestão de Romildo.“Se estivesse no Grêmio, poderia estar indo recém para a transição, nem no profissional estaria. Mas ele ainda tem o desejo de jogar no Grêmio, ele é cria da casa. Sabe separar o clube das pessoas”, disse o empresário em declaração à rádio Gre-Nal.
Hoje, Tetê vem em excelente fase pelo Shakhtar e já tem clubes como Milan e Roma interessados no seu futebol. Nesta sexta-feira (20), Bueno indicou, em entrevista à GaúchaZH, que o Sporting, de Portugal, formalizara, no início do ano,uma proposta pelo atacante. “O Sporting Lisboa contatou o presidente, oferecendo R$ 17 milhões pelo Tetê. Fiquei sabendo por um amigo e fui falar com o Romildo, dizendo que ele valia muito mais. Eu disse que traria uma proposta maior e, 10 dias depois, fui a Osório levar uma oferta de 10 milhões de euros”, contou o agente.
As rusga de Bueno com a alta cúpula do Grêmio veio especialmente na hora de valorizar Tetê. Em vez de Renato utilizar o garoto no time adulto durante o Estadual, o clube preferiu investir na contratação de Diego Tardelli, que fracassou em pouco tempo na Arena. Ainda assim, o jogador pode render uma boa quantia aos cofres de Porto Alegre, já que o Imortal ainda guarda 15% de seus direitos.
Você acha que o Grêmio errou ao vender Tetê cedo demais?
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“Pedi para que subissem ele para o profissional. Não pedi para ele jogar como titular, mas que tivesse uma chance de ao menos treinar entre os profissionais. Mas aí o Romildo me ligou e disse: ‘Entre nós e Shakhtar está tudo acertado. Se tiver acerto entre vocês, a gente vende ele’. Não entendi, porque ele havia me dito que não queria vender. Depois me disseram que ele foi vendido para pagar oDiego Tardelli, que ganhava R$ 1,5 milhão por mês. Mas isso ninguém fala”, detonou o representante do hoje camisa 14 do Shakhtar.