Ramiro chegou ao Corinthians no final de 2018 e gerou grande expectativa por parte da torcida. Depois de uma bela passagem no Grêmio de Renato Portaluppi, o meia chegou com status de titular no time de Fábio Carille.

Além da chegada de um grande jogador, a Fiel tinha outro motivo para comemorar: o modelo do negócio concretizado pelo Alvinegro Paulista. Tratava-se de uma operação sem custos e da adição de um atleta com experiência de títulos, principalmente a Libertadores de três anos atrás. Em campo, todavia, Ramiro não conseguiu superar as expectativas dos corintianos. Um ano e meio depois, para piorar, o balanço financeiro do Corinthians – com referência ao camisa 28 – voltou a ser assunto.
Antes de deixar o Grêmio, Ramiro via 70% dos seus direitos econômicos pertencendo ao empresário Giuliano Bertolucci. O Timão adquiriu essa porcentagem ao acertar com Ramiro. Porém havia um detalhe: a compra não foi feita com valores no presente, ou seja, não saiu dinheiro dos cofres corintianos para isso na época.
A negociação aconteceu da seguinte forma: caso Ramiro receba uma proposta equivalente a 3 milhões de dólares (R$ 17,2 milhões na cotação atual) e o Timão não quiser vender, terá de desembolsar esse mesmo valor ao seu empresário. Se alguma proposta maior interessar ao clube, terá um lucro de 1 milhão de dólares (R$ 5,73 milhões na cotação atual).
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O presidente Andrés Sanchez explicou a negociação em entrevista ao portal “Meu Timão” durante a última semana. “(Quanto ao) O Ramiro, o Grêmio tinha 5%, ele fez um acordo com o Grêmio na negociação que nós fizemos com o Juninho (Capixaba), e nós adquirimos a parte total do Grêmio e mais alguma coisa do Ramiro. Se nós vendermos lá para frente, tem que pagar 3 milhões de dólares para o Ramiro e demos 500 mil dólares de luvas. Não pagamos nada para o Grêmio”, explicou o cartola.
No balanço financeiro, foi possível ver salários, luvas e o custo total do meia: R$ 19,688 milhões. Segundo apurou o jornal “Lance!”, para fins contábeis é possível considerar o valor equivalente à aquisição feita, no caso 3 milhões de dólares, mesmo que não se tenha gastado nada naquele momento.
Se Ramiro ficar valorizado e for vendido por um preço que o Corinthians considere suficiente, Andrés não só abaterá o valor do acordo com o jogador e seu empresário como também haverá lucro ao clube. O meio-campista não teve muitas oportunidades com Carille em 2019, diferentemente do incrível começo de ano com Tiago Nunes. No início do Paulistão, o meia se machucou quando vinha como titular e, desde então, não atuou mais em 2020.