Seis cidades francesas iniciaram uma forma de “boicote” à Copa do Mundo do Qatar. Paris, Lille, Estrasburgo, Reims, Bordeaux e Marselha não irão ter telões nas grandes praças para que a população assista às partidas do Mundial. As próprias prefeituras das cidades anunciaram a decisão que sempre acontece nos países da Europa.

Foto: Kiran Ridley/Getty Images – Paris é uma das cidades que iniciou o “boicote” ao Mundial
Foto: Kiran Ridley/Getty Images – Paris é uma das cidades que iniciou o “boicote” ao Mundial

A medida é um protesto contra as graves violações aos direitos humanos que acontecem no país que vai receber o Mundial deste ano. A ideia já começou a se espalhar pelo continente europeu. As cidades de Lausanne e Genebra, na Suíça, Bruxelas, Jette, Auderghem e Woluwe-Saint-Pierre, na Bélgica, vão pelo mesmo caminho. Destas, Genebra é a única que ainda está discutindo a decisão.

Não são apenas as prefeituras que estão entrando no “boicote”. Na França, o ex-jogador Eric Cantona e o ator Vincent Lindon já disseram que não irão à Copa, enquanto o jornal francês Le Quotidien colocou em sua manchete a decisão de que não irá enviar seus jornalistas ao Qatar para realizar a cobertura do Mundial. O meio-campista da Alemanha, Joshua Kimmich, concorda com os protestos, porém crê que as manifestações deveriam ter ocorrido há doze anos, quando o país da região do Golfo Pérsico foi escolhido.

Foto: Lynne Cameron/Getty Images – Eric Cantona disse que não vai para a Copa do Mundo

Escolhida como sede da Copa em 2010, desde o processo todos houveram muitas denúncias por corrupção, enquanto ativistas de direitos humanos passaram a relatar as condições de trabalho para os operários e as centenas de mortes entre os trabalhadores que ergueram os estádios. Em nenhum momento a Fifa reconsiderou a decisão de mudar a sede deste Mundial.

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Vale lembrar que a patrocinadora de material esportivo da Dinamarca revelou que a camisa que a seleção europeia vai usar na Copa além de homenagear o título da Eurocopa de 1992, com a geração dos irmãos Laudrup, também é um protesto contra o país. Segundo a empresa, o intuito é passar despercebido “durante um torneio que custou a vida de milhares de pessoas”. A Copa do Mundo começa dia 20 de novembro com a partida entre Qatar e Equador.