O Botafogovive uma situação muito delicada dentro de campo, mas a torcida ainda acredita na permanência do clube na Série A. O confronto contra o Corinthians, nesta tarde (27), é tido como uma verdadeira decisão. Ganhar dos paulistas no Nilton Santos deixaria a equipe ainda mais com confiança para buscar uma boa sequência de vitórias no torneio.
De saída do Glorioso, o Nelson Mufarrej fez um balanço da sua gestão no Alvinegro. Elogiado e criticado, o mandatário teve uma passagem marcante no clube carioca. Em entrevista ao “Diário O Lance”, o cartola falou sobre a dificuldade que a instituição passa administrativamente.
“Foram anos bastante difíceis na ordem financeira e isso impactou em todos os níveis da gestão e na política interna do clube. É claro que gostaria de ter dado ao clube um salto de qualidade com o amplo desenvolvimento do novo CT, por exemplo, mas a asfixia financeira limitou todos os movimentos. São muitos compromissos de alto valor, muitos processos que estão virando sentença agora e uma necessidade absurda por recursos de grande volume (…)”, afirmou.
O dirigente também abordou o assunto sobre as dívidas que aumentaram no Botafogo. De acordo sua explicação, a folha salarial do elenco botafoguense é bem baixa se comparada com outros times, mas o passivo é muito grande e a solução é ter um projeto certo e definitivo.
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“A dívida do Botafogo chegou a um nível muito alto, em que se tornou um tremendo desafio e engenharia equacioná-la. Soma-se a isso as penhoras que incidiram de forma permanente durante toda a gestão, oriundas de gestões anteriores, que influenciaram sobremaneira nesses números da dívida. Internamente, a austeridade sempre existiu. No futebol, temos uma folha muito baixa se comparada aos outros grandes clubes. Mas o Botafogo precisa de uma solução definitiva, pois o passivo é muito grande. É necessário um grande investimento e o caminho que desenhamos é a S/A (…)”, explicou.