A crise financeira gerada pela pandemia da Covid-19 teve um forte impacto nas equipes com baixa renda, como o Santos. Raniel e Madson (negociados através de trocas) foram as únicas contratações feitas pelo Peixe na temporada. O presidente José Carlos Peres intensificou o planejamento econômico para o Alvinegro Praiano em 2020. Em entrevista ao blog do jornalista Mauro Cezar Pereira, no portal UOL, o mandatário santista falou sobre o corte salarial de 70% imposto no clube.
“Estamos pagando 30% dos salários. A diferença, 70%, sugerimos aos atletas 35% desconto, mais 35% de retenção e evolução mais à frente. Então, a contribuição auferida seria de 35%, o que não foi aceito. Estamos trabalhando para chegarmos a um número que atenda aos jogadores e ao clube”, declarou.
O polêmico corte salarial revoltou alguns jogadores do grupo, como Marinho. O camisa 11 do Peixe postou sérias críticas ao presidente em suas redes sociais. O elenco alega que a medida da direção não foi notificada. Peres reforçou a necessidade de lucrar em meio à pandemia do novo Coronavírus.
“Sem receitas não se tem recursos, então imagine faltar dinheiro em casa. É necessário, sim, retornar, e você está certo, voltar significa recursos da TV. E junto vem retorno dos patrocinadores, sócios, volta das lojas do clube significa importante receita também, no fim tudo melhora”, disse o mandatário.
“Estamos a meio de uma pandemia, números absurdos e óbitos diários, mais de um milhão de infectados. Assim sendo, o Santos só retorna aos jogos se tivermos garantia de segurança aos nossos funcionários e jogadores. Voltaremos quando tivermos sinal verde das autoridades governamentais de saúde, amparadas pelo governo do Estado”, finalizou.