Peres, mesmo afastado da presidência do Santos, segue causando tumultos nos bastidores. O relatório, que leva em consideração informações analisadas pelo Conselho Fiscal, sugeriu a saída do então mandatário por irregularidades, além dos demais membros do Comitê de Gestão, à exceção de Orlando Rollo, que é quem assume o clube. O vice já havia assumido de forma interina no fim de 2019, quando o presidente foi punido pelo STJD por 15 dias.
Além do presidente, foram afastados do clube sete membros do Comitê de Gestão dele: Anilton Perão, Bruno Carbone, Estevam Juhas, Fábio Gaia, Matheus Rodrigues, Paulo Schiff e Pedro Dória. Rollo, inclusive, já anunciou seu novo Conselho Gestor. Os novos membros são: Alexandre Santos e Silva, Caio França, Eduardo Filetti, Luiz Fernando Cardoso, Mario Badures, Paulo Correa Jr e Raphael Vita. Um deles, inclusive, expôs um grave acontecimento da gestão Peres.
Badures concedeu entrevista coletiva no CT Rei Pelé e revelou que Peres deu aval a um empresáriocom bom trato no exterior para que ele conseguissepropostas por Marinho, principal jogador do Santos na temporada. “No dia 4 de outubro, José Carlos Peres assinou uma autorização para que pudessem negociar o Marinho até 16 de novembro. Isso causou um grande problema no clube, no estafe e junto ao atleta. Ele, já afastado, permitiu com que Marinho fosse negociado”.
Por se tratar de um possível crime de falsidade ideológica, a polícia investiga o caso. A pena é de 1 a 3 anos de multa. Artilheiro do Santos, Marinho deixou de ser apenas ponta direita, como se destacou no futebol. Sob o comando de Cuca, o jogador virou centroavante, meia e confirmou a boa fase goleadora. Ele é um dos principais finalizadores do Brasileirão, quem mais acerta chutes e quem mais sofre faltas. O atacante tem 17 gols marcados em 25 partidas disputadas em 2020.
Segundo o Transfermarkt, site especializado em transferências de atletas de todo o mundo, Marinho está avaliado no mercado em 1,30 milhões de euros (cerca de R$ 7,7 milhões na cotação atual). “Como é alheio à minha profissão, o fato foi devidamente comunciado ao Conselho Deliberativo, e foi acionada a polícia para investigar um crime de falsidade ideológica. A pena é de um a três anos de multa, segundo o Código Penal brasileiro”, finalizou Mario Badures.