As declarações do presidente José Carlos Peres dividem a torcida santista. Enquanto parte dos torcedores defendem e apoiam o mandatário, a outra parte pede o impeachment. Desde que assumiu o Peixe, Peres sempre esteve envolvido em entrevistas confusas e polêmicas. À beira de uma crise financeira, a diretoria estuda formas de quitar dívidas para equilibrar as contas do Santos.
O principal entrave é a dívida na FIFA com o Hamburgo (ALE) pela contratação do zagueiro Cléber Reis. Os valores solicitados pelo clube alemão giram em torno de R$ 20 milhões. O imbróglio impede o Alvinegro Praiano de registrar novos jogadores na CBF, ou seja, está impedido de realizar novas contratações. Em entrevista ao FOXSports, o mandatário abriu o jogo sobre os valores pendentes.
“A dívida do Cruzeiro era de 2016. Segundo nossos advogados, 2016 era um legislação diferente. Estamos na legislação de 2017 e, segundo nossos advogados, não gera perda de pontos. Temos que pagar. Quem deve, paga”, declarou.
Sem espaço no Santos, Cléber acumula empréstimos para Coritiba, Paraná, Oeste e Ponte Preta, onde está no momento. Com apenas 10 partidas pelo Peixe, o defensor possui contrato até 2022. Enquanto o acordo não é resolvido, o clube da Vila Belmiro segue proibido de contratar. Sem dinheiro em caixa, a diretoria busca maneiras para quitar todas as dívidas em meio à pandemia da Covid-19.
“Quando assumimos, procuramos o Hamburgoporque queríamos saldar essa dívida. É 2,5 milhões de dólares essa dívida mais 750 mil euros de multa. Um país onde você pega dinheiro emprestado é sempre 1% de juros por ano. Continuamos negociando, esta negociação demorou. Mudou o presidente de lá, não quis saber da dívida e mandou para a FIFA. Tem um juro excessivo de 30%. Isso acabou criando um grande problema para eles e para nós também”, finalizou.