Com o estatuto aprovado e assinado por oito times dos 40 da Série A, com isso, a Liga de Clubes do Brasil começou a dar seus passos no cenário do futebol nacional. Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Santos, São Paulo e Red Bull Bragantino assinaram com a empresa Codajás para desenvolver a estrutura da Liga, com advogados indicados pelos clubes.
Com o documento pronto, enviaram para os 20 clubes da Série A, além de Ponte Preta e Cruzeiro, que estão na Série B. Contudo, houve uma discordância do grupo Forte Futebol, com 10 times como membros, por conta da divisão do dinheiro da TV. A proposta dos grandes clubes é de 40% igual, 30% por premiação e 30% pelo engajamento da torcida. Isso está presente no estatuto da torcida, mas não é obrigatório, é uma premissa que os clubes ainda precisam aprovar.
Os seis clubes esperaram que os demais entre no grupo para discutir as cotas dentro da Liga, mas há uma premissa em relação à audiência e torcida, não dá para ser igual. Inicialmente, além dos citados, times como Atlético, Vasco, Grêmio e Internacional sinalizaram que podem aderir e entrar no grupo.
Porém, no final das contas, houve uma carta, incluindo o Galo, o Inter, Fluminense e Botafogo, além do grupo Forte, com Fortaleza, Ceará, Athletico-PR, Atlético-GO, Juventude, Goiás e Cuiabá, deixando explícito que as concessões feitas pelos outros clubes não eram suficientes, além de tecer críticas aos modelos criados.
Em três pontos, os demais times criticaram: o percentual da divisão igualitária, querem que seja 50%, o segundo ponto abordado, foi o critério de premiação, querem uma diferença menor entre os primeiros e os últimos. O terceiro, é em questã de engajamento por torcida, buscando entender como de fato irá funcionar. Com isso, se não houver mudanças, os clubes citados não assinarão a Liga.
O prazo para isso se resolver é até o dia 12 de maio, quando está previsto uma reunião da Liga juntamente com a CBF. Caso os demais times se manterem firmes na decisão, o grupo dos seis clubes paulistas e o Flamengo formaram um bloco econômico para negociar seus direitos em conjunto. Juntando tudo, serão 24 jogos do Palmeiras, 24 do Corinthians, 24 do São Paulo e 24 do Flamengo.
Por outro lado, o movimento Forte Futebol teria metade dos jogos da Série A. Entre eles, estariam 10 do Flamengo, 10 do Corinthians, 10 do São Paulo e 10 do Palmeiras. Seriam partidas que as equipes do Forte Futebol tem mando de campo. Esse grupo ainda pode se ampliar, caso Atlético Mineiro, Fluminense, Botafogo e Inter decidam negociar com os outros.
O cenário do futebol nacional atual segue em divergência, ainda não se sabe quais serão os pontos tomados. Afinal, será que terá somente uma Liga de fato para organizar o Campeonato Brasileiro ou serão dois grupos separados pelo por conta dos direitos econômicos da competição?
