Patrick de Paula foi a contratação mais cara da história do Botafogo, mas ainda não entregou o que era esperado na primeira temporada, gerando várias críticas por parte dos torcedores. Com a chegada da nova gestão, comandada pelo empresário norte-americano John Textor, através da SAF, foi realizada uma reformulação durante a temporada de 2022, sendo assim, justificável as oscilações na competição.
Mas, a cobrança para a próxima temporada será maior e, por conta disso, o volante vem utilizando as férias para se preparar e chegar com um condicionamento físico melhor. Durante entrevista àESPN, o ex-preparador físico do Flamengo, Rafael Winicki, que tem trabalhado com o jogador durante o recesso, detalhou sobre a decisão do volante em treinar durante as férias e foi só elogios.
“Partiu dele. Ele se deu conta que 2022 não foi uma boa temporada para ele. Identificou que pode fazer muito mais do que apresentou. Junto disso, se mostrou disposto em abrir mão de parte das férias dele para se preparar e começar uma pré-temporada, como na última não teve uma boa sequência de jogos, teve lesões, intercorrências, jogou menos que os atletas do grupo. Procurou esse trabalho individualizado para já se apresentar melhor e colher os frutos disso ao longo da temporada. Objetivo principal é prevenir lesões e melhorar a performance”, apontou Winicki.
Patrick de Paula vem realizando um trabalho específico de alta performance. Isso porque, de acordo com o preparador, o volante está focado em fazer uma grande temporada em 2023. “Tem a meta de fazer a melhor temporada da vida dele. Ele está muito consciente e amadurecido em relação a isso. De tudo que tem que fazer e abrir mão para atingir essa meta. Render em alto nível, participar do maior número de jogos possíveis e assumir um papel de protagonista da equipe, porque ele tem total potencial para isso”.
Rafael Winicki ainda destacou a importância desse trabalho para que Patrick de Paula consiga evoluir dentro do Botafogo. “Isso já é uma realidade dentro do futebol mundial. Grandes atletas já têm o seu estafe individualizado. Dentro do clube é impossível num grupo com 30 atletas esse trabalho ser individualizado para cada um. Eu já trabalhei dentro do clube e posso falar isso. Não tem como individualizar 100% o trabalho. Cada vez mais atletas maduros, conscientes e com mentalidade de atleta procuram um trabalho individualizado para render melhor fisicamente e ter um trabalho onde consiga ter o máximo de cuidado para prevenir lesões”, concluiu.