Em tempos de pandemia, dinheiro fácil é quase que uma utopia para os clubes brasileiro de futebol. Por conta do país ainda amargar uma média de quase 2.000 mortes por Covid, as autoridades não permitem público nós estádios desde agosto de 2020. Com isso, não há receita vindo da bilheteria, o que faz as agremiações por aqui procurarem formas alternativas de lucro. Uma delas é a venda de jogadores.

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No caso do Flamengo, mesmo se tratando do atual campeão brasileiro e bi da Supercopa do Brasil, não é diferente. Com uma das maiores folhas mensais do país, as finanças na Gávea estão contadas na ponta do lápis. Com isso, o clube não descarta negociar seus ativos. Foi assim com Gerson, que se transferiu para o Olympique de Marselha, da França.

Só que, além dos jogadores do elenco de Rogério Ceni, o clube também pode lucrar com suas joias pelo mundo afora. Caso do volante Vinícius Souza, que está muito bem no futebol belga.

Vinícius Souza esteve presente na final da Libertadores em 2019 (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Após meia temporada pelo Lommel SK, da segunda divisão do futebol local, Viníciusfoi emprestado por um ano ao KV Mechelen, da elite belga. O jovem de 22 anos, que pertence ao Grupo City, foi candidato ao prêmio de craque da divisão de acesso.

Os gestores do Grupo City viram como bom negócio o empréstimo de Vinícius a um clube de maior expressão da Bélgica, atépara o desenvolvimento profissional do meio-campista na Europa.

Vale destacar que “Vinição”, como ficou conhecido no clube, ainda pode render R$ 10 milhõesao Flamengo até o fim de julho, prazo para que o Lommel SK compre 20% dos direitos econômicos pertencentes ao Rubro-Negro previsto em contrato.

Vinícius em treino ainda pelo Flamengo de Jorge Jesus. Hoje o volante brilha na Europa (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Vinícius disputou apenas oito partidas pelo Mengão, quatro em 2019 e outros quatro na temporada seguinte, antes de ser negociado com o grupo City, em agosto de 2020. A transferência foiselada em 2,5 milhões de euros (R$ 16,3 milhões na cotação atual) à vista por 60% dos direitos econômicos do jogador.

Durante a era Jorge Jesus, o português ficou encantado com “Vinição”, que passou a integrar o elenco rubro-negro após a saída de Cuéllar em 2019.O português enxergava no garoto traços do sérvio Nemanja Matic, hoje no Manchester United, com quem trabalhou por três temporadas no Benfica.

Força física, visão de jogo e poder de marcação foram as três características mais destacadas pelo português, que é lembrado até hoje por uma baita bronca em Vinícius no fim do jogo contra o CSA pelo Brasileirão de 2019.