Náutico mais uma vez foi alvo de protesto violento contra os jogadores, e em um intervalo de um ano e quatro meses já foram registrados seis episódios parecidos, sendo quatro deles após resultados negativos de partidas. No mais recente, um grupo de torcedores tentou invadir o vestiário após a derrota para o Sport e ainda o zagueiro Carlão afirmou ter sido ameaçado no estacionamento.
Após o caso, o Alvirrubro afirmou que vai reforçar a segurança dos jogadores em dias de partida. Eduardo Carvalho, vice-presidente de patrimônio do Náutico, explicou que o reforço será em duas etapas, sendo a primeira o aumento do número de seguranças na porta do vestiário e o segundo a colocação de pelo menos um portão fazendo o isolamento da área, além de instalação de câmeras. Eduardo Carvalho lamentou o episódio. “A gente fica muito triste porque a diretoria patrimonial, o presidente e os demais diretores trabalharam muito junto ao corpo de bombeiro e ao batalhão de choque para reabrir o nosso estádio e fomos surpreendidos com mais uma situação de vandalismo. A gente precisa tomar medidas que possam prevenir situações como essa”, iniciou.
“Pretendemos fazer um portão de fechamento para que o torcedor não tenha mais acesso ao vestiário. Precisamos também colocar algumas grades para que o torcedor não quebre as portas e não invadam o vestiário, além de instalação de mais câmeras de segurança”, completou o dirigente.
As melhorias devem ser entregues entre 20 a 30 dias, mas clube irá reforçar a sua segurança privada e montar uma comissão de segurança do próprio clube durante esse período. “Vamos fazer um modelo de gestão para a operação dos jogos que consiga contratar mais seguranças e colocá-los em pontos específicos onde esses problemas estão acontecendo. Essa comissão também vai debater e trabalhar em cima do que está acontecendo de ruim para que isso seja resolvido”, finalizou.
Na última segunda-feira (14), a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco enviou ao Ministério Público e Tribunal de Justiça do Estado um relatório em que aponta que o Náutico descumpriu o plano de segurança para o clássico e apenas 16 seguranças trabalharam nas dependências do estádio,* ao invés de 63 como havia sido acordado antecipadamente.