A Sexta-feira Santa será diferente para os brasileiros em 2020. O feriado que faz parte das festividades da Páscoadeve ser celebrado excepcionalmente em casa devido à pandemia do novo Coronavírus. Se nessa épocaa uniãoéincentivada na tradição cristã, no mundo do futebolnem sempre essa premissa é totalmente verdadeira. Principalmente quando o assuntoé derrotas e fracassos em âmbitointernacional. Para quem não ainda não se ligou, o tema é a passagem nada brilhante de Rafael Dudamel no Atlético-MG.
Com menos de dois meses de trabalho na Cidade do Galo, o técnico venezuelano logo transformou a euforia da torcida – que o foi buscar no aeroporto – em pesadelo com direito a duas eliminaçõesvexatórias na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil. No torneio internacional, queda ainda na primeira fase diante do Colón, da Argentina, após levar 3 a 0 no jogo de ida. Na competição nacional, então, um vexame diante do modesto Afogados, de Pernambuco.
Com apenas 10 jogos à frente do Atlético, Dudamel e toda sua comissão foram demitidos, levando também o diretor de futebol Rui Costa. A passagem do venezuelano foi lembrada pelo meia Nathan em entrevista à TV Record na noite da última quinta-feira (09). Geralmente o camisa 23 é comedido nas declarações, mas dessa vez o tom de insatisfação não pôde ser contido em relação a atitudes de Dudamel nos bastidores.
“Dudamel era um técnico que queria muito mandar, mandar e mandar. Ele deixava a gente trancado no CT, alguns jogadores não gostavam disso e acabavam ficando de saco cheio. Era algo que enchia o saco”, revelou Nathan, confirmando as informações internas de que Dudamel havia perdido o vestiário pouco antes de sua demissão.“Ele chegou da noite para o dia e mudou tudo.Nós não entendiamos o esquema tático, ele falava para fazer uma coisa, a gente fazia e depois falava para a gente fazer outra. Essas coisas ele não deixava muito claras para a gente”, completou o meio-campista.
A falta de flexibilidadeera algo que Nathan reclamava de Dudamel, incluindo até multas em caso de atraso para chegar ao almoço no clube. Muitas vezes, a pressa do venezuelano colocava em xeque trabalhos de academia dos atletas após o treino em campo.
Rafael Dudamel é a grande decepção do Atlético até aqui em 2020?
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“Só podíamos almoçar no horário que ele queria. Alguns jogadores gostam de fazer academia após o treino, acabava o treino mas não podiam ir para academia, porque meio-dia tinha o almoço, só que o treino acaba 11h40, tinha que tomar banho rapidão para almoçar, se não chegássemos meio-dia, tinha multa”, finalizou o meia, que é bem visto pelo novo técnico Jorge Sampaol. O diretor Alexandre Mattosjá tem conversas com o Chelsea para tentar uma extensão do empréstimo de Nathan – o vínculo expira agora em junho.