Hélio dos Anjos, técnico da Ponte Preta, acabou se encolvendo em uma polêmica durante a partida contra o Vasco na noite da última quarta-feira (27), em duelo válido pela Série B do Brasileirão. O treinador relatou ao árbitro da partida, Rodolpho Toski Marques, supostas manifestações racistas por parte da torcida cruz-maltina, o que foi relatado pelo árbitro na súmula do jogo.

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF | Hélio dos Anjos relatou o suposto ato de racismo ao arbitro da partida
Foto: Jorge Rodrigues/AGIF | Hélio dos Anjos relatou o suposto ato de racismo ao arbitro da partida

“Aos 39 minutos do segundo tempo, com o jogo paralisado, o atleta de número 40, senhor Ramon Rodrigo de Carvalho, e o técnico, senhor Hélio Cézar Pinto dos Anjos, ambos da equipe Ponte Preta, informaram ao árbitro que ouviram sons de macaco vindos da torcida do Vasco da Gama. Esses sons não foram ouvidos pela equipe de arbitragem e nem pelo delegado da partida”, relatou o árbitro.

Diante da acusação o Vasco emitiu uma nota rebatendo o treinador da Macaca e informando que os torcedores emitiram sons de latido, em referência ao jogador cruz-maltino Yuri de Lara. “Fomos surpreendidos na noite da última quarta-feira (27/04) em São Januário com uma absurda acusação de racismo direcionada a torcida do Vasco vinda de alguns profissionais da A. A. Ponte Preta. Algo sem fundamento algum e que se baseou equivocadamente num canto criado pela torcida do Vasco utilizado para homenagear o volante Yuri Lara, algo já feito, por exemplo, por outras torcidas e em outras praças esportivas.”, disse o clube que em outro trecho condenou a postura do treinador: “condenamos a atitude e lamentamos que uma pauta tão séria seja utilizada da forma que foi.”.

O próprio Yuri de Lara comentou a situação e revelou conversa com o volante da Ponte, Ramon. “O Ramon falou comigo sobre isso, falei que não era racismo, não tem nada a ver. Realmente estavam latindo, como latem. Não tem nada a ver com macaco. É inadmissível o racismo, ainda mais com a torcida do Vasco, por tudo que o Vasco representa para a história. Expliquei para ele que não tinha nada a ver com racismo. É o latido”, disse.