A diretoria do Cruzeiro já está aguardando, ainda nesta temporada, uma ordem de pagamento referente a uma discussão na Fifa diante da dívida sobre o Pyramids, do Egito, pela negociação do meio-campista Rodriguinho. Pedro Martins, executivo de futebol da Raposa, destacou que não existe garantia de que o clube não sofrerá um novo transfer ban. Durante entrevista ao portal GE, o mandatário exemplificou a situação.

Executivo do Cruzeiro entrega bastidores sobre dívida milionária por contratação de Rodriguinho
© Foto: Gil Gomes/AGIFExecutivo do Cruzeiro entrega bastidores sobre dívida milionária por contratação de Rodriguinho

“O clube tem uma área aqui dentro que está conduzindo essas negociações de dívidas, tanto as da associação, quanto as que acabam estourando na FIFA. Hoje, o clube vem procurando estruturar para que essa dívida não gere transfer ban. A gente não tem garantia de que isso não vai acontecer, mas estamos trabalhando para que isso seja equalizado e não interfira na próxima janela de transferências”, destacou.

A dívida da equipe Celeste com o Pyramids é de 6 milhões de dólares, próximo de R$ 31 milhões na cotação atual, além da multa. Por conta disso, o não pagamento dos valores pode resultar em punição e, consequentemente, impedir o Clube de registrar novos jogadores. O valor total da negociação foi de 7 milhões de dólares, cerca de R$ 40 milhões, mas o Cruzeiro quitou apenas 1 milhão de dólares.

Rodriguinho não atua mais na equipe mineira e passou pelo Bahia e agora está no Cuiabá. Na contratação, como forma de garantia, a diretoria Celeste ainda realizou uma operação irregular, conforme legislação da Fifa e da CBF, que foi conceder direitos econômicos de outros jogadores, na ocasião, o Pyramids do Egito. Essa negociação ocorreu durante a gestão de Itair Machado e Wagner Pires.