O torcedor do Cruzeiro começou a semana testemunhando o fim de uma relação tradicional em Belo Horizonte. Segundo Ronaldo Fenômeno, sócio proprietário da SAF do clube mineiro, a Raposa não vai jogar no Mineirão em 2023. A decisão veio após o dirigente considerar o vínculo com a concessionária que administra o estádio prejudicial financeiramente. O que os cruzeirenses não esperavam, era que o contrato fosse exposto pelos responsáveis da empresa.

Agif/Mauro Horita - Ronaldo recebe resposta do Mineirão
Agif/Mauro Horita - Ronaldo recebe resposta do Mineirão

 

Em entrevista à Rádio Itatiaia, o diretor da Minas Arena, Samuel Lloyd revelou que as declarações de Ronaldo Fenômeno pegaram os profissionais que administram o estádio de surpresa. Lloyd confidenciou que estava elaborando novas opções contratuais a serem enviadas ao Cruzeiro quando descobriu o fim do vínculo. Ele ainda afirma que o futebol é uma prioridade do Mineirão.

“Eu recebi com muita surpresa a declaração de rompimento de relação. A gente não tinha noção que estava nesse nível de tensão. Ainda estávamos em um processo de mandar propostas e tentar propostas novas. Pelo que eu entendi, há uma decisão de jogar no Independência neste ano. Espero que seja apenas neste ano ou que ainda seja reversível. Eu não consigo ver o Mineirão sem jogos de futebol. Nosso papel e nossa prioridade é essa”, revela Samuel Lloyd, diretor da Minas Arena.

Agif/Alessandra Torres - Cruzeiro deve jogar no Independência em 2023

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As revelações sobre a extinta união entre Cruzeiro e Mineirão não pararam por aí. Samuel Lloyd contou que as contas do Clube remanescentes do período pré-SAF chega na casa dos 30 milhões de reais. A decisão da Raposa para 2023 deve estar ligada ao Independência, casa do América-MG. Por lá, o Zeirão acumula lucro de R$ 1,1 milhão. Samuel Lloyd insiste que a ideia era chegar em um acordo, tendo a possibilidade de renegociar a dívida.

“A dívida é um imbróglio jurídico. Temos a Lei da SAF que entrou no meio do caminho. Ela se refere a um acordo judicial que não foi cumprido pelo Cruzeiro associação. Agora está em recuperação judicial e a estimativa é que a dívida esteja em R$ 30 milhões, mas acredito que é possível chegar a um acordo, A dívida não atrapalha. Inclusive, o contrato do ano passado não fala de recuperação judicial”, acrescenta o dirigente da empresa que cuida do Mineirão.