O diretor de futebol Alexandre Mattos deixou o comando do futebol do Palmeiras no final de 2019. O dirigente estava sob pressão no clube alviverde após cinco anos de trabalho e a falta de títulos na última temporada. No Verdão desde janeiro de 2015, manteve o estilo arrojado nas contratações. O primeiro título foi a Copa do Brasil 2015. Em 2016 e 2018, o time alviverde conquistou o Brasileirão, assumimos o posto de Maior Campeão do Brasil.

Mattos cobra reconhecimento por base no Palmeiras
Mattos cobra reconhecimento por base no Palmeiras

Mattos acertou com o Palmeiras depois de levar o Cruzeiro ao bicampeonato brasileiro em 2013 e 2014. Entre altos e baixos no Alviverde, sempre foi questionado pela utilização de jogadores das categorias de base. Após sua saída, atletas como Patrick de Paula, Gabriel Menino e Veron, ganharam mais espaço e se tornaram fundamentais na atual equipe de Vanderlei Luxemburgo. Questionado, Mattos se defendeu das críticas.

“O Palmeiras passou anos de sua história sem ter excelência e sem dar relevância às categorias de base. Esses meninos não chegaram hoje. A categoria de base foi construída na minha sala, comigo, com João Paulo (Sampaio, coordenador das categorias de base), com o Cícero (Souza, gerente de futebol). Isto foi montado. As pessoas não entendem que quem coloca para jogar é treinador e comissão técnica”, pontuou.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Hoje, Mattos trabalha no Atlético Mineiro, clube que já gastou mais de R$ 100 milhões em reforços na atual temporada. O diretor gastou mais do que deveria em 2019 e não conseguiu conquistar grandes feitos pelo Palmeiras. Neste ano, Patrick de Paula foi um dos heróis na conquista do Campeonato Paulista e já atrai interesse de equipes europeias. Gabriel Menino, assim como Patrick, também chama atenção. Veron, de 18 anos, é atualmente o jogador mais valioso do Campeonato Brasileiro.

Vale lembrar que Mattos trabalhou com Gabriel Jesus, principal revelação da história recente do Palmeiras. O atacante foi vendido por cerca de € 32 milhões (R$ 121 milhões na cotação da época). “A base foi formatada nestes cinco anos. Ninguém está mais alegre de ver o Patrick (de Paula), (Gabriel) Menino e Veron do que eu. Foi feito sob a minha gestão. Mas colocar para jogar não é com o diretor de futebol. Os jogadores ficaram um ano, um ano e meio trabalhando com o profissional, crescendo”, completou Mattos.