Rueda ainda tenta cuidar das situações contratuais dos jogadores mais jovens do elenco. Kaio Jorge, Sandry e Ângelo são tratados como joias e não devem sair de graça. Caio Henrique e Claudinho, por exemplo, foram formados na Baixada, mas não receberam chances.

Foto: Alex Grimm/Getty Images
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Matheus Cunha, por incrível que pareça, foi mais um talento desperdiçado pelo Peixe. O atacante do Hertha Berlin concedeu entrevista à reportagem do ‘UOL Esporte’ e abordou alguns temas importantíssimos na sua carreira.

“Eu saí de casa muito novo. Um menino negro e nordestino de 13 anos tentando a vida no futebol em um mundo preconceituoso. Eu era o “Paraíba” e sabia que seria assim. Foi justamente por isso que aprendi a transformar tudo aquilo em força. Minha mãe é da minha cor. Meu pai é branco. Eu nunca deveria esquecer quem eu era. Ela e meu pai enraizaram isso em mim”.

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O artilheiro revelou que tentou a sorte nas escolinhas do Santos, que já era conhecido por formar e revelar grandes atletas naquela época. Matheus revelou que o Peixe partiu seu coração em um dos episódios mais tristes de sua vida: “Quando eu estava no CT Barão, um amigo dos pais de um companheiro de time me fez uma oferta: um teste no Santos”.

“Chegando lá, eu acredito que treinei muito bem. Acontece que, no fim do período, falaram que, para trazer um jogador de fora e gastar mais, tinha que ser um atleta com mais qualidade do que aqueles que já estavam ali. E eu, segundo eles, “não era tudo isso”. Cara, aquilo machucou. Minha mãe diz que nunca me viu tão triste. Chorei por dias e dias”, finalizou Matheus.