Com passagens pelo Atlético Mineiro, o ex-lateral-esquerdo, Dedê também passou pelo futebol alemão, mais precisamente no Borussia Dortmund. Em entrevista ao podcats ‘Por Onde Anda?’, do Superesportes, o ex-defensor afirmou que viu de perto grandes nomes dop futebol se formarem na base do clube: Hummels, Schmelzer, Sahin, além dos amigos Mario Götze e Robert Lewandowski, o primeiro se encontra no Eintracht Frankfurt e o segundo no Barcelona.
Segundo o ex-lateral, ele era chamado de vovô, pela sua idade e experiência, que tem um grande carinho por Götze: “O Mario Götze é um irmão. Lembro quando ele era ‘molecão’. Tinha um Golf e vinha aqui no fim de semana, aí eu trocava o carro com ele. Ele não podia comprar um carro mais avançado, tinha esse respeito. Aí ele ficava o fim de semana com meu carro, um esportivo, mais caro. Eu falava: ‘se você der uma caneta no treino, você vai lá em casa e eu troco o carro com você.”
Dedê ainda ressaltou o quanto o meio-campista alemão é um bom jogador, além de relembrar um importante gesto feito pelo jogador. Algumas semanas antes de deixar o Dortmund em 2011, Dedê foi homenageado por Götze: “Ele fez um gol em uma partida em casa e levanta a camisa. Embaixo estava a minha camisa, com meu número e meu nome. Eu estava me aquecendo, não enxergava do outro lado do campo. Aquele gesto marcou na Alemanha. Ele correu de um lado para o outro. Todo mundo sabia, menos eu. Todo mundo me batendo na cabeça. Ele me deu um abraço, todo mundo me abraçou. A gente se fala direto.”
O brasileiro ainda lembrou do fatídico 7 a 1, no Mineirão, ocasião que a Seleção Brais leria perdeu para a Alemanha de Götze na Copa de 2014, no Brasil: ” Foi um dia atípico. Tudo dava certo para a Alemanha. Encontrei o Gotze, e ele colocou a mão na boca, zoando. Depois eles viajaram, fizeram a final e ele marcou o gol do título. Liguei para ele uns três dias depois, e ele dizia que a ficha não tinha caído. Ele ia na minha casa, a gente tinha uma intimidade anormal. Liguei para ele e falei: ‘Você conseguiu.”
Para finalizar, Dedê relembrou também da sua relação com Lewa, afirmando que via muito potencial nele, mas que não tinha noção do patamar que ele chegaria, em vista que nas duas últimas temporadas ele foi eleito o melhor do mundo: “Não imaginava que seria isso tudo, vou ser bem honesto. Mas era um cara frio para raciocinar, para fazer gol… Quando chegou no Borussia já dava para ver.”