A derrota do São Paulo no clássico contra o Corinthians acabou causando um “climão” nos bastidores. A equipe de Diniz não perdia há 17 jogos no Brasileirão, com dez vitórias e sete empates. Com o resultado, o Tricolor permaneceu na liderança (50 pontos), mas viu a distância de pontos diminuir — Atlético (46 pontos) e Flamengo (45 pontos) cresceram de produção. O comandante não gostou da postura do time e desabafou na entrevista coletiva.
“Acho que a equipe foi muito lenta, principalmente no primeiro tempo. Quando quebrava a linha, não aproveitava. Fazia um jogo de posse de bola, só, muito diferente do que fazíamos até então. Facilitamos muito as ações do Corinthians. Nosso jogo é muito mais acelerado do que foi hoje. Temos de fazer basicamente o que vínhamos fazendo até então. Ser um time mais agressivo, que troca a bola mais rápido de um lado para o outro e se protege melhor”.
Outro fator levantado foi a lesão sofrida por Luciano. O atacante sentiu dores ainda no primeiro tempo e teve que deixar o campo com auxílio dos médicos do clube. A lesão do artilheiro preocupou a torcida, mas Diniz já descartou qualquer fratura grave: “A gente vai reavaliar amanhã, o Luciano saiu com um desconforto muscular no adutor. Mas, a princípio, não é uma lesão grave, porque ele tentou continuar no jogo. Se fosse grave, ele sairia de imediato”.
O possível retorno de Rojas também foi debatido. Um dos diversos jornalistas presentes na coletiva questionou Diniz sobre o retorno do equatoriano, já que a gravidade da lesão de Luciano ainda não foi divulgada pelo DM. Sem atuar desde 2018, por conta de duas graves lesões sofridas no joelho direito, o atacante vive a expectativa de retornar o mais rápido possível ao clube, onde teve seu auge com Diego Aguirre. De lá pra cá, muita coisa mudou no São Paulo.
Vexames, novas eliminações e mudanças no cargo vieram à tona nestes últimos anos. Fernando Diniz pregou cautela e ainda não estipulou um prazo necessário de retorno: “Passo a passo. Dois anos sem jogar. Estamos avaliando. Não temos perspectiva de quando vai estar à disposição para jogar ou entrar no segundo tempo. Jogador que ainda está num processo de recuperação para adquirir a melhor forma e estar disponível”.