Nesta segunda-feira (29)marca os cinco anos daqueda do voo LaMia 2933, que tirou a vida de 71 pessoas, dentre elas, grande parte da delegação da Chapecoense, como dirigentes, membros da comissão técnica e jogadores, que viajavam à Colômbia para a disputa do primeiro jogo da grande final da Copa Sul-Americana de 2016 contra o Atlético Nacional de Medellín. A partida seria na Colômbia.
Porém, neste triste episódio, algumas pessoas sobreviveram. Entre os sobreviventes, está oex-goleiro Jakson Follmann, que conversou com exclusividade com a reportagem do portalLANCE!sobre o acidente. O ex-jogador falou também como está sendo sua vida fora dos gramados.
A Chapecoense perde muito sem contar com a imagem de Jakson Follmann?
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“Com toda a certeza [essa data me impacta], até a eternidade. É um momento de reflexão, é um momento que eu procuro ficar ainda mais com meus familiares, me privar de muita coisa. Tanto que a minha agenda de palestras e shows a gente deixa bloqueada, né, do dia 27 até o dia 30 [de novembro]”,contou o ex-goleiro, que segue recordando com muita dor esta data, que para ele, é um novo começo de vida.
“É uma data que mexe muito com a gente, mexe muito comigo, por ter sentido muito isso na pele, mexe muito com os nossos familiares. E vou até te dizer, é uma data que a gente procura refletir, ainda mais, sobre a vida”,continuou o atleta.
Jakson Follmann, que agora é palestrante e cantor, também falou sobre como se recuperou do acidente e como viu essa ‘segunda chance’ de viver após a tragédia.
“Émuito difícil quando você encerra uma carreira precocemente. Mas ao mesmo quando você olha por tudo que aconteceu, da maneira que aconteceu, eu acho que a última coisa que você teria que fazer é se lamentar. Eu tinha duas opções: ou me lamentar, entrar em uma depressão, ou encarar a vida de frente, né. Me aposentei com 24 anos, no auge da minha carreira, foi super difícil, e eu procurei me apegar muito a essa ser a minha segunda chance de viver, de estar com os meus familiares, de estar com a minha esposa, de estar com meus amigos verdadeiros “, contou o ex-goleiro.
Antes de encerrar, Follmann comentou sobre o tempo que ficou no hospital, fim da carreira e ainda citou o ex-companheiros de campo e amigos, Neto, que ainda chegou a jogar, mas parou e relembrou que Alan Ruschel segue em atividade.
“Eu tive que ter muita paciência né, porque fiquei praticamente dois meses hospitalizado, fui um dos únicos dos sobreviventes a perder um membro e ter que encerrar realmente a carreira. O neto teve outras oportunidades e infelizmente não conseguiu [seguir como jogador], o Alan [Ruschel], graças a Deus, está até hoje jogando. Mas naquele momento eu não tive essa oportunidade de pelo menos tentar”.completou Jakson Follmann.