Em dezembro, o Botafogo presenteou sua torcida na véspera de Natal e oficializou que venderá 90% das ações de sua SAF (Sociedade Anônima de Futebol). O comprador foi o “Eagle Holding”, fundo de investimento de John Textor, que investiu algo em torno de R$ 410 milhões. Ele também é sócios no Crystal Palace, tradicional clube da Premier League.
“É com grande satisfação que anunciamos esse marco histórico no Botafogo. Um clube da nossa grandeza terá um parceiro de altíssimo nível para investir e criar as condições que nos possibilitem retomar o protagonismo no futebol brasileiro e mundial. Agora, iniciamos uma segunda etapa do processo, igualmente importante”, disse Durcesio, em nota.
Mauro Cezar, ex-jornalista dos canais ESPN, falou sobre o tema. Em seu canal no YouTube, o comentarista opinou: “É um sopro de esperança para botafoguenses e cruzeirenses. Mas esse dinheiro não vem de uma vez só, o aporte chega em parcelas. Parte desse dinheiro é para abater dívidas dos clubes, não fica limpo para contratar jogadores”.
“Com R$ 400 milhões você imagina contratar que jogador? Dá para contratar bons jogadores? Dá. Mas no Cruzeiro estão cortando gastos, colocando em orçamento real. Não tem festa nem sinal de farra. É organizar financeiramente, colocar pingo nos is, para dar um passo de cada vez. O torcedor imagina que vai chegar investidor e colocar um timaço em campo”.
“Em primeiro momento houve excesso, euforia exagerada. Os patamares dos investimentos dos clubes que jogam mais pesado no mercado estão lá em cima. Botafogo, Cruzeiro e o torcedor precisam entender que esses passos iniciais podem significar recuperação e volta aos tempos de glórias em algum tempo, mas a cura não é tão rápida e instantânea”, completou.