“O jogador pode ser incluído entre os melhores talentos de toda a história do futebol brasileiro. No Flamengo ganhou fama, mas foi no Botafogo que ganhou fortuna e grande posição na Seleção Brasileira, ao lado de craques como Jairzinho. Foi com sua melhor característica, o lançamento, que fez de Roberto e Jair artilheiros no Botafogo”. Esta é a maneira que inicia a descrição de Gérson, na página do site oficial do Botafogo.
Nesta terça-feira, 11, Gérson de Oliveira Nunes, o mais conhecido “Canhotinha de Ouro”, completa 81 anos. Nascido em Niterói, o ex-jogador atuava como meio-campista e ao longo da sua carreira teve passagem de destaque por grandes clubes do futebol brasileiro como no Flamengo, Botafogo, São Paulo e Fluminense. Apesar de brilhar nos rivais, Gérson está na galeria dos grandes ídolos da história do Glorioso.
Em 1957, quando tinha 16 anos, começou a jogar no Canto do Rio, time de Niterói e mesmo sendo ainda tão jovem já demonstrava que tinha talento e uma grande habilidade realizando lançamentos precisos, sendo está uma das suas grandes características. Não demorou e o meia acabou sendo convidado por Modesto Bría, técnico do Flamengo na época, para atuar no ataque do juvenil do clube carioca. Em 1959, o jovem talento já estava atuando no elenco principal e conquistando seu primeiro título, o campeonato carioca. O jogador deixou o clube em 1962.
Apesar do sucesso no Flamengo Gérson ganhou uma grande projeção atuando com as cores do Botafogo e se tornou um dos grandes ídolos da torcida Alvinegra. Mas como não inserir o Canhotinha de Ouro, entre as paixões e heróis do Glorioso? Na Estrela Solitária, o jogador conquistou diversos títulos, sendo bicampeão carioca em 1967 e 1968, além do Campeonato Brasileiro, conquistado também em 1968.
Foi no Botafogo onde Gérson conquistou grande sucesso atuando de 1963 a 1969 na equipe. Durante o período em que esteve no Alvinegro, o meia atuou ao lado de outros grandes ídolos do clube como Garrincha, Jairzinho, Roberto Miranda, Paulo Cézar Caju e o goleiro Manga. O jogador acabou sendo negociado em 17 de julho de 1969 com o Botafogo.
No perfil do jogador no site oficial do Botafogo, o clube destaca não apenas a habilidade tão conhecida de Gérson em sua precisão, mas sua característica como líder dentro de campo.“Canhoto, grande sentido de organização e estratégia, era um técnico dentro de campo; lançamentos perfeitos de perto ou de longe, capaz de colocar a bola no peito do atacante a 40 metros de distância; chutes fortes e precisos; ótimo cobrador de faltas; liderança, não tinha papas na língua quando fosse preciso orientar o time ou até mesmo xingar um companheiro. Bicampeão carioca e campeão brasileiro pelo Botafogo.”.
Gérson também fez sucesso na seleção brasileira. Com a equipe canarinha o meia atuou em 87 jogos, sendo 17 deles não oficiais, e marcou 19 gols, sendo cinco não oficiais. Além disso foi campeão na Copa do Mundo de 1970. Diga-se de passagem, ele foi eleito o segundo melhor jogador pela FIFA, tendo disputado apenas três partidas. Na ocasião ele atuou na estreia contra a Tchecoslováquia, na semifinal contra o Uruguai, e na final contra a Itália. Atualmente o Canhotinha de Ouro e trabalha como comentarista esportivo e mora em Niterói, no Rio de Janeiro.