A situação de Bruno Nazário causou mal-estar entre Botafogo e América-MG nos bastidores. Sem espaço no elenco alvinegro ao término do Campeonato Brasileiro, o camisa 10 estava na lista de negocíaveis antes da chegada do técnico Marcelo Chamusca e chegou a um acordo com o América-MG. Entretanto, após a partida contra o Resende, o treinador pediu à direção que mantivesse o meia até o fim do empréstimo junto ao Hoffenheim, da Alemanha, que expirava em junho.

Foto: Vitor Silva/Botafogo.
Foto: Vitor Silva/Botafogo.

Tanto que Nazário embarcou com a delegação do Botafogo a São Luís (MA) para o duelo, de logo mais, contra o Moto Club pela estreia na Copa do Brasil. Só que Alencar da Silveira Júnior, presidente do América-MG, deu o aviso de que o armador não queria estar em campo pelo Glorioso.“O jogador não quer ficar. O jogador que quer vir para o América”, afirmou ao site “Esporte News Mundo”.

Com isso, ficou nas mãos de Nazário. Há pouco, o próprio Botafogo divulgou comunicado em suas redes sociais confirmando o veredicto: o já ex-camisa 10 preferiu o time mineiro para a temporada 2021. “Bruno Nazário não é mais jogador do Botafogo. Na tarde desta quarta-feira, o Clube recebeu uma notificação do Hoffenheim, solicitando a rescisão do contrato de empréstimo do jogador. No contrato, há essa prerrogativa por parte dos alemães. O atleta comunicou o desejo de não disputar a primeira fase da Copa do Brasil, contra o Moto Club, e de se transferir para outra agremiação”, informa a nota alvinegra.

Nazário volta ao Rio após rescisão com o Botafogo e acerto com o América-MG (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

A direção do Botafogo não se manteve neutra pelo caso e, de leve, deu uma bela cutuacada em Nazário, o que fez a torcida alvinegra se sentir um pouco representada, já que o meia era constantemente cobrado pelos botafoguenses.

“O Botafogo deseja contar no seu elenco apenas com atletas que estejam plenamente comprometidos com os objetivos para temporada e com o propósito de reconstrução do Clube (…)”, escreveu o diretor de futebol Eduardo Freeland.

“Lamentamos o assédio público de dirigentes de outros clubes no atleta no momento em que o mesmo tinha um contrato a cumprir. Certamente, um caminho mais respeitoso era conversar no fórum mais adequado, que é em contato direto com a Diretoria de Futebol ou comigo. Mas não tem problema, o Botafogo é muito maior que isso”, afirmou o Presidente Durcesio Mello.