O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), Otávio Noronha, deferiu, na tarde desta última quarta-feira (4), a liminar solicitada pelo Flamengo, que pedia liberação de público nas partidas como mandante. A decisão, é claro, causou uma enorme revolta em alguns clubes.

Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Fagner, lateral do Corinthians, foi abordado sobre o assunto e não escondeu sua revolta. De acordo com o jogador, a decisão foi tomada com muita antecedência e tinha que ser repensada.

“Deveria ser uma decisão em conjunto, todos os clubes, para que todos pudessem, de uma forma igual, ter uma condição. Mas, a gente sabe que muitas vezes isso não acontece. Pela cultura do brasileiro, muitas vezes a gente só olha para o nosso próprio umbigo, só olha a nosso favor. Se for bom pra mim, está ótimo. Se não for, aí eu me manifesto”, opinou, em coletiva.

Foto: Marcello Zambrana/AGIF

O Flamengo foi a primeira equipe a jogar com público desde a final da última Libertadores, entre Palmeiras e Santos. Na vitória por 3 a 0 diante do Defensa y Justicia, o Mais Querido levou 5.518 pessoas ao estádio Mané Garrincha, em Brasília.

“Teria de ser repensado isso aí. A gente sabe que se tivéssemos nosso torcedor em casa, muitos jogos poderiam ser diferentes, mas são coisas que fogem do nosso controle. Temos de saber e ter consciência do momento que o mundo vive. Acho que deveria ser igual para todos”, completou Fagner.