O Botafogo está na décima posição do Campeonato Brasileiro com 21 pontos e vem de derrota na competição para o Cuiabá por 2 a 0, no último domingo (10). O técnico do Alvinegro, Luís Castro, ficou surpreso com a cobrança da imprensa e dos torcedores diante dos resultados negativos. O comandante ressaltou os desfalques que teve para o confronto e acrescentou, usando como exemplo, o trabalho de Jürgen Klopp no Liverpool.

“Estamos de acordo que Klopp...”; Luís Carlos faz comparação e solta o verbo
© Foto: Ian MacNicol / Correspondente“Estamos de acordo que Klopp...”; Luís Carlos faz comparação e solta o verbo

“Nós não podemos ter duas verdades, só temos uma. Se estamos de acordo que não conseguimos mudar o jogo, pois faltam meios, vamos falar de oscilação. Claro que tem que ser oscilante, uma equipe com tantas lesões, que sai constantemente com menos jogadores dos jogos, tem problemas, vai oscilar. Não quero pôr desculpas, porque não sou de desculpas ou lamentos, estamos a falar sobre fatos e realidade. Vemos grandes equipes serem construídas em dois, três anos. Para mim foi uma surpresa muito grande quererem equipe construída em dois ou três meses. Estamos de acordo que Klopp precisou de três anos para construir o Liverpool, toda gente está muito de acordo. Aqui temos que construir em dois ou três meses. OK. Vamos tentar fazer esse tempo recorde sem oscilação, mas poderá ser erro de análise e de pensamento, ainda mais no contexto que estamos. Mesmo assim, vamos continuar a caminho, fazendo coisas, como já fizemos até agora”, destacou durante entrevista coletiva.

Luís Castro ainda destacou a união da equipe para uma recuperação no desempenho da temporada. “Vamos seguir em frente, colocar os jogadores que achamos melhores para cada desafio. Contra o Cuiabá, no banco tínhamos dois guarda-redes, quatro defesas-centrais e dois volantes. Muitas vezes ouço vocês falarem que se tem que mudar o ritmo do jogo. OK, tem. Mas muitas vezes não se vai a fundo olhar com quem. Eu sou o treinador, tenho que resolver. Esse é o nosso problema. Mesmo assim temos somado pontos, estamos no meio da tabela, vamos continuar caminhando, eu acreditando, meus jogadores acreditam, e todos acreditam. O que é bom neste momento de fragilidade é estarmos todos unidos para seguirmos em frente. Como acontece nas más famílias, vai um para cada lado, começam a se agredir uns aos outros, aí não temos hipótese. Mas se todos percebermos os momentos, podemos ir em frente. Vamos ter muitos momentos difíceis pela frente”.

O comandante ainda projetou o próximo confronto diante do América-MG, que está marcado para a próxima quinta-feira (14), em partida válida pela Copa do Brasil. “Minha vida me ensinou até hoje, porque ela sempre foi de muito sacrifício, com determinação, ambição e trabalho, é o que vamos continuar fazer. É o que queremos fazer contra o América. Se não for por aí, não vamos conseguir. Acreditamos que podemos conseguir em cada jogo buscar o sucesso que o jogo pode nos dar. É difícil porque eles têm vantagem de 3 a 0, saímos daqui frágeis e esperamos ficar fortes nos próximos três dias de trabalho. Vamos conseguir? Eu acredito sempre que sim. No final comentaremos o que aconteceu, e eu serei sempre o responsável, assumirei minhas responsabilidades”.