A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou na última semana uma mudança importante nos critérios de classificação para a Copa do Brasil: a partir da edição de 2024, a entidadevai extinguir as vagas para a competição via ranking nacional de clubes. Dessa forma, 80 das 92 equipes se classificarão por meio de competições locais.

Reprodução/Chapecoense YouTube. Nei Maidana diz que novos critérios da CBF não agradam a Chapecoense
Reprodução/Chapecoense YouTube. Nei Maidana diz que novos critérios da CBF não agradam a Chapecoense

Ou seja, para o próximo ano,somente campeão e vice do Campeonato Catarinense e o vencedor da Copa Santa Catarina garantem vaga no torneio nacional; os outros precisarão competir entre si para decidir quem avança à disputa. Em 2022, além das três vagas via competições estaduais, o estado de Santa Catarina também teveAvaí e Chapecoense classificados pelos critérios deranking.

O Criciúma, por sua vez, vive imbróglio com o Guarani. Isso porque os clubes estão com a mesma pontuação e, nesse caso, não há critério de desempate estabelecido pela CBF. Em entrevista aoge, os presidentes dos clubes Avaí e Chapecoense deram sua opinião a respeito dos novos critérios classificatórios para a Copa doBrasil.

Acredito que não foi benéfico para os clubes. Os times que estão nas principais séries do futebol brasileiro chegaram lá por sua competência e trabalho e o ranking era uma forma de premiar esse bom trabalho, com justiça e equidade. Agora os clubes terão que imprimir um esforço ainda maior a um torneio que já é atualmente deficitário em razão de estar na Copa do Brasil no próximo ano“, disseJúlio Heerdt, mandatário do Avaí. Vale lembrar que, se a regra fosse aplicada em 2022, Avaí, Chapecoense e Criciúma estariam fora da competição.

Os novos critérios da Copa do Brasil não agradaram à Chapecoense. O clube entende que com as mudanças estabelecidas, o futebol catarinense perde força e representatividade. Considerando a tradição das equipes do nosso estado e a expressividade das mesmas no cenário nacional – sempre figurando entre as principais divisões do Campeonato Brasileiro – Santa Catarina deveria receber um quantitativo maior de vagas para o torneio“, explicitou Nei Mandana, presidente da Chapecoense.