O torcedor do Náutico vive uma temporada bem ruim. Aliás, a derrota por 6 a 0 para o Novorizontino no último jogo foi a “cereja do bolo” de uma temporada lamentável, que só não culminará em mais um rebaixamento se houver algum milagre. Com apenas 30 pontos conquistados na Série B, o Timbu pode até ser rebaixado na próxima rodada, caso a Chapecoense só empate sua partida.
Desse modo, além do torcedor estar sofrendo com mais uma temporada muito aquém do esperado, os próprios jogadores demonstraram não ter mais forças depois do último duelo. Só para lembrar, o lateral-direito Victor Ferraz, um dos mais criticados pela torcida alvirrubra ao longo dos últimos dois anos, deu a seguinte declaração após maior derrota da atual edição da Série B, na sexta-feira (14):
“Sem dúvida foi a derrota mais dura da minha carreira. Há tantos anos aí jogando. A mais difícil. Mas acho que foi a junção de muitas coisas que culminou num jogo como esse. Acho que não é nem momento pra estar me estendendo, é pra falar com a cabeça um pouco mais tranquila. Tenho algumas coisas pra serem ditas também. Acho que o torcedor merece saber de tudo que se passou nesse ano, sem se tirar nenhum centavo de culpa dos jogadores, mas é uma junção de muitas coisas“, revelou o lateral.
Assim, além de ter chamado a atenção para a falta de estrutura do Clube, outro ponto que certamente colaborou para mais uma temporada desastrosa foram as inúmeras trocas de treinador do Alvirrubro na temporada. Para quem não se lembra, vamos contar um pouco mais sobre cada um dos nomes que dirigiram o Timbu no ano de 2022, começando com Hélio dos Anjos.
Após pedir demissão e retornar ao Clube no ano de 2021, Hélio iniciou a temporada à frente do Náutico. Entretanto, o técnico se reuniu com a diretoria e optou por uma rescisão ainda em fevereiro. O principal motivo foi a demissão de seufilho e assistente técnico, Guilherme dos Anjos, que foi mandado embora por justa causa depois deuma publicação polêmica do membro da comissão após uma derrota para o Retrô no Campeonato Pernambuco.
Depois de Hélio, a diretoria alvirrubra optou pela contratação de Felipe Conceição, treinador jovem que já havia tido passagens recentes por Cruzeiro, Chapecoense e Guarani. Entretanto, com pouco menos de 50% de aproveitamento, Felipe foi demitido com apenas dois meses de trabalho. O comandante deu adeus ao Timbu após uma derrota por 2 a 0 para o Londrina, mesmo tendo colocado o time na decisão do estadual. Sendo assim, o Náutico já precisava ir atrás do terceiro técnico da temporada no mês de abril.
Com isso, o escolhido para assumir o Clube pernambucano foi Roberto Fernandes. No início, Roberto até conseguiu que a equipe vencesse o Retrô nas penalidades e faturasseo bicampeonato pernambucano. Contudo, com somente 38% de aproveitamento em sua passagem, o treinador foi mais um mandado embora do Timbu por conta do mau desempenho. Após três meses no cargo, ele se despediu após uma derrota para a Chapecoense.
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A diretoria do Timbu precisou novamente agir e ir em busca de uma nova alternativa, visto que a equipe dava cada vez mais indícios que lutaria contra o rebaixamento. Sendo assim, optou pela contratação de um técnico considerado ocmo aposta: Elano Blumer. Todavia, após uma passagem meteórica de apenas seisjogos, o ex-jogador da Seleção Brasileira somou cinco derrotas e somente uma vitória, se tornando mais um na lista dos demitidos.
Por fim, a diretoria apostou no retorno de Dado Cavalcanti, que já havia comandado o Timbu em 2014. Após um início promissor, com duas vitórias em quatro partidas, o desempenho voltou a cair e culminou com a derrota de 6 a 0 na rodada passada, que praticamente sepultou as esperanças do Alvirrubro em permanecer na elite. Dito isso, o Náutico soma a mesma quantidade de técnicos do seu último rebaixamento, que aconteceu na temporada de 2017.