A permanência de Benítez no Vasco está ficando cada vez mais difícil. Acaba nesta terça-feira a prioridade para a diretoria adquirir parte dos direitos do argentino, que pode voltar ao seu país natal. Nada indica que o clube irá exercer a opção de compra nas próximas horas, e o Independiente, a partir desta quarta (16), pode negociá-lo com outros clubes — incluindo rivais brasileiros, já que Grêmio e Palmeiras entraram no negócio.
Com contrato até 31 de dezembro, o meia pode só fazer mais dois jogos antes de ir embora: contra Santos (20/12) e Athletico-PR (27/12). O argentino está emprestado pelo Independiente e se vê bem adaptado ao clube e ao Rio de Janeiro, mas não tem permanência garantida. A diretoria estuda alternativas para manter o camisa 10, que entrou no radar de outros clubes nacionais e do mundo. Benítez pode acabar parando em outra equipe brasileira.
O imbróglio político envolvendo o novo presidente acabou retardando a negociação, já que os argentinos não estão totalmente convencidos do acordo feito por Campello. O contrato de empréstimo de Benítez com o Vasco vai até o final da temporada e um dos dirigentes do Independiente foi contatado pelo Papo na Colina. Jorge Damiani, diretor esportivo do clube, se irritou com a demora e ameaçou negociar o meia com outros times interessados.
“Estamos avançando com outro clube. Se o Vasco não agir, Martín Benítez volta para a Argentina e vamos ver se fica no clube ou se vai para o time que estamos negociando”. A possibilidade de Benítez reforçar algum rival brasileiro é gigantesca, já que o futebol do argentino encantou diversos clubes nesta temporada. Damiani optou por não revelar o nome do time, mas deixou claro que o negócio está bem encaminhado e ainda alertou a diretoria do Vasco.
Por contrato, o Vasco tem até esta terça-feira para adquirir 60% dos direitos econômicos do camisa 10 por US$ 4 milhões (R$ 20,5 milhões). Damiani afirma estar conversando com clubes de Brasil, Turquia e Estados Unidos. A primeira proposta cruz-maltina, de US$ 3 milhõespor 50% dos direitos econômicos do jogador foi recusada. O Gigante ainda vive uma indefinição presidencial na Justiça — com Leven Siano e Jorge Salgado protagonizando uma enorme polêmica.