“Devem referenciar”; Além dos gols de Raniel, Vasco também se destaca fora do campo e deve homenagear 11 figuras de impacto social

O Vasco da Gama pode até não estar jogando um futebol bonito aos olhos de seus torcedores. Porém, os resultados aos poucos estão vindo e o time treinado por Zé Ricardo está na segunda colocação da Série B. O Gigante da Colina é ainda o único time invicto das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Se dentro decampo o atacante Raniel é um dos destaques da segunda divisão, com três gols, o Clube da Cruz de Malta vem batendo um bolão também fora dos gramados.

Muitos vascaínos estão insatisfeitos com o futebol jogado pelo Vascão, e há quem ainda peça a saída do técnico Zé Ricardo, mas o time vembem na tabela do Campeonato Brasileiro. Já são quatro vitórias na competição, o segundo com mais êxitos atrás apenas do líder Cruzeiro. Mas se com a bola rolando o time não consegue dar orgulhadoànação vascaína, fora de campo a diretoria deve tomar uma atitude “referência”.

Os dirigentes do Vasco da Gama pretendem homenagear 11 figuras de impacto social com a medalha “Pai Santana”. O nome da premiação se deve ao antigo massagista da equipe, Eduardo Santana, um líder de união e fé no Clube da Colina histórica. Santana era Pai de Santo na Umbanda e unia jogadores independente da etnia ou orientação religiosa.

Em sua passagem pelo Vasco o time viveu anos históricos. Pai Santana presenciou e trabalhou com jogadores como Roberto Dinamite, Romário, Edmundo, Juninho e Mauro Galvão. Durante os jogos do time, as arquibancadas de São Januário costumam ecoar o nome do Santana. Historicamente ligado a causa sociais, a honraria antirracista deve homenagear pessoas que se dedicam a causa negra.

A entrega do prêmio será realizada antes do jogo contra o Grêmio pelo Brasileiro, na próximaquinta-feira (2). O time que foi um dos pioneiros na inclusão de jogadores negros no futebol, deve presentear a medalha para as seguintes figuras: O técnico do Grêmio Roger Machado, o ex-goleiro Aranha, a atriz Taís Araújo, o sociólogo Celso Athayde, o cantor Emicida, a estudante Fatou Ndiaye, a jornalista Flávia Oliveira, o religioso e educador Frei David, o cantor Mano Brown, o diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol Marcelo Carvalho e o historiador Professor Júnior.