No início de 2017, o Palmeiras anunciava a contratação de Miguel Borja, o Rei da América da temporada anterior após a conquista da Libertadores pelo Atlético Nacional, da Colômbia. Com a ajuda da Crefisa, o então diretor de futebol Alexandre Mattos foi até Medellín e fechou a vinda do centroavante por US$ 10,5 milhões (cerca de R$ 33 milhões na cotação da época). Até hoje, é a maior contratação do Alviverde em todos os tempos – em termos de valores absolutos.

Foto: Miguel Schincariol/Getty Images Brazil
© 2018 Getty Images, Getty Images South AmericaFoto: Miguel Schincariol/Getty Images Brazil

A expectativa era enorme em cima do camisa 9, já que o Palmeiras driblou até os poderosos clubes chineses e seus “caminhões de dinheiros” para trazer Borja. Centenas de torcedores palestrinos foram recepcionar o jogador no aeroporto de Guarulhos, para se ter uma noção. Entretanto a elevada dose de expectativa virou frustração ao longo do tempo.

Em duas temporadas e meia na Academia de Futebol, o camisa 9 conquistou o Campeonato Brasileiro de 2018, mas foi reserva na maior parte do tempo (para Deyverson). E curiosamente sob o comando de Luiz Felipe Scolari, que o indicou ao Grêmio neste momento da temporada. A reportagem do site ESPN.com.br apurou informações quentes sobre as tratativas do Verdão com os gaúchos.

Segundo matéria assinada por Bibiana Bolson,Francisco De Laurentiis e Daniel Bocatto, o Palmeiras:

  • vai receberUS$ 1 milhão(R$ 5,21 milhões na cotação atual) pelo empréstimo de Borja ao Grêmio até o fim de 2022;
  • vai passar a responsabilidade de pagar os salários aos gaúchos, que, por sua vez, vão aumentar os vencimentos para R$ 800 mil ao mês;
  • a partir de 15/12/2021, pode vender o centroavante se receber proposta vantajosa do exterior. Borja tem que ser liberado pelo Grêmio imediatamente para ser negociado;
  • vai renovar o contrato de Borjadurante o período de empréstimo no Tricolor Gaúcho.

Se não chegar alguma proposta ao Palmeiras,Borja seguirá normalmente no Grêmio até o final de 2022. Mas por que emprestar o centroavante em vez de vendê-lo em definitivo? Segundo a equipe da ESPN, isso ocorre por questões financeiras do Alviverde e também porque há o entendimento que Borja não teria espaço no atual elenco de Abel Ferreira.

Borja não conseguiu corresponder às expectativas no Palmeiras e será emprestado ao Grêmio (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images)

Com Borja sendo titular no Grêmio e possivelmente se destacando por lá, a “vitrine” funcionaria para avalorização do atleta visando uma venda, o que é o objetivo do Palmeiras – de maneira a recuperar em partes o investimento da empresa de Leila Pereira.

Pagar o salário do colombiano (mais de R$ 500 mil por mês)teria um impacto direto na política de austeridade financeira que o presidente Maurício Galiottetenta implementar para 2022.Além disso, nas últimas semanas, a folha do Alviverde recebeu nomes como Deyverson e Dudu, além da contratação do lateral-esquerdo Jorge e também deJoaquín Piquerez.