O zagueiro Dedé acionou o Cruzeiro na Justiçapedindo a rescisão do contrato, que expira em dezembro deste ano. Na ação, que foi distribuída na 48ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte no último dia 4 de janeiro, o defensor de 32 anos – e que não joga há mais de um ano-alegou “falta grave do empregador” e requereu o reconhecimento do fim do vínculo. O pedido, todavia, foinegado no valor de R$ 35.258.058,64.
Dedé justifica na causa que está há 10 meses sem receber salários, referente ao uso e cesão de imagem (R$ 300 mil mensalmente); seis meses de vencimentos em débitos oriundos da CLT(R$ 450 mil mensalmente); e mais quatro meses sem o depósito do FGTS.
O juiz titular, Marco Antônio Ribeiro Muniz Rodrigues, negou provimento e Danilo Siqueira de Castro Fariamanteve, na última sexta-feira (08), a decisão anterior, após recurso do Cruzeiro e citou o clube para apresentar defesa em até 15 dias. Nas redes sociais, a torcida celeste vibrou bastante com a derrota do zagueiro, que passou a ser perseguido em 2019 quando o clube caiu pela primeira vez à Série B.
Desde que o Cruzeirofoi rebaixado no Campeonato Brasileiro, em 2019, Dedé segue recebendo valores mensais, mesmo sem jogar em recuperação de cirurgia no joelho. Novo diretor de futebol do Cruzeiro,André Mazzuco, deixou claro o posicionamento da equipe sobre o futuro do atleta.
“É um assunto em pauta, não só do Dedé, mas também de outros atletas. Mas é um assunto que não tivemos tempo de resolver. Estou chegando em BH hoje (quinta-feira), então vamos conversar muito sobre isso. Eu falo do Dedé como um profissional que acompanho. É um atleta de altíssimo nível, jogador de seleção brasileira, com qualidade indiscutível, mas que, infelizmente, sofreu essas mazelas do futebol, com lesões e dificuldades de recuperação. Não fosse isso, estaria atuando”, explicou Mazzuco.
O último jogo de Dedé pela Raposa foi em outubro de 2019, quando o Cruzeiro venceu o Corinthians por 2 a 1 pela Série A. Ele foi contratado pelo clube celeste em 2013 ainda sob a gestão de Alexandre Mattos e, em 2018, renovou seu vínculo pela última vez. No ano do rebaixamento, o zagueiro recebia um dos maiores vencimentos do elenco, na casa dos R$ 800 mil mensais.