No dia 25 de março de 1908, no coreto do Parque Municipal de Belo Horizonte, a história do Clube Atlético Mineiro ganhava forma atrapes de um grupo de 22 de estudantes. De lá para cá são 114 anos de história, glórias, ídolos e uma torcida apaixonada tomando conta de Minas Gerais. O atleticano de forma única e exclusiva sabe o misto de sentimentos que o Atlético causa.

Em um momento diferente dos demais, o Galo faz aniversário vivendo um dos melhores anos da sua história, com três títulos recentes, chegando favorito em tudo, com a sua Arena quase pronta, estando mais que nunca em ascensão nacional e intencional, além de claro, um excelente futebol que faz a diferença em qualquer coisa.

( Foto: Pedro Souza / Atlético)

Em 114 anos de existência, o atleticano já vivenciou de tudo, do céu ao inferno, do inferno ao céu. Títulos, rebaixamentos, derrotas, ídolos, momentos únicos que só quem vivenciou sabe contar detalhadamente. Nomes importantes e um tanto quanto emblemáticos fazem parte de toda essa trajetória Alvinegra.

Ídolos como, Mário de Castro, o primeiro grande artilheiro da história do clube, com 195 gols em 100 jogos. Ao seu lado, Jairo e Said também jogavam, formando o Trio Maldito, conhecido por ‘apavorar’ os seus adversários. Guará, Kafunga, Lucas Miranda, Zé do Monte e seu galo carijó de baixo dos braços em cada jogo, são apenas alguns dos jogadores que iniciaram a trajetória vitoriosa do Galo no futebol. Dadá, Reinaldo, Éder Aleixo, Euller, Marques, Leonardo Silva, Victor, Ronaldinho, Tardelli, tantos nomes, de gerações passadas e atuais fizeram parte da história e da estante de ídolos atleticanos.

Dos mais recentes, Hulk, Everson, Arana, Mariano, Allan, Jair, Nacho, Vargas, Arana, Alonso e até mesmo Réver que continua reescrevendo seu nome na história do Galo, além dos demais presentes na equipe comandada por Cuca em 2021, que após 50 anos conquistou novamente o tão sonhado Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.

(Foto: Pedro Souza / Atlético)

Falando de um em especial: o lateral-esquerdo Guilherme Arana, o moleque da zona leste de São Paulo, que despontou no Corinthians, voltou da Europa e veio para o Galo graças ao seu pai. Em um texto postado em homenagem ao aniversário de fundação, Arana conta como foi sua trajetória até chegar e ele relembra as palavras d seu pai: “O jogador que for campeão brasileiro pelo Galo entrará para a história.”

(Foto: Pedro Souza / Atlético)

E como ele mesmo respondeu: “Meu pai tinha razão. Sempre teve. Jogar no Galo era tudo que eu mais precisava.” — Arana, aos 24 anos fez história no Atlético, tão novo e com um reconhecimento enorme, que vai além do seu excelente futebol, mas sim com a identificação do jogador com o clube e a torcida.

A identificação do defensor é única exclusiva com o Atlético, ele, como a maioria presente nesses últimos anos, principalmente em 2021, entendeu o significado de jogar em um time desse porte, da torcida apaixonada, do Mineirão lotado e pulsando, com o canto e apoio durante os 90 minutos de cada partida. E em seu texto ele não escondeu o carinho pelos torcedores: “Muitos de vocês, torcedores, dos mais novos aos mais velhos, vêm me agradecer com lágrimas nos olhos quando nos encontramos na rua. Tá maluco? Eu que tenho de agradecer.”