Um jogador deve estar tomado de emoção nesta quarta-feira (1), não só ele como uma nação inteira. O lateral-esquerdo do Manchester City e da Seleção Ucraniana, Oleksandr Zinchenko, havia desabafado essa semana em entrevista coletiva sobre a trágica crise que seu país vem passando nos últimos meses. Mas no dia de hoje, pelo menos por algumas horas, o povo ucraniano terá razão o suficiente para sorrir por causa do futebol.
O atleta costuma criticar abertamente a guerra e cobra uma postura semelhante de jogadores de futebol da Rússia. O conflito bélico entre os países do Leste Europeu vem afetando todas as esferas da sociedade, incluindo o futebol. Vários jogadores brasileiros que atuavam no campeonato local tiveram que deixar o país, alguns até voltando ao Brasil. Em recente coletiva de imprensa, Zinchenko demonstrou o desejo de tentar amenizar a dor de seus compatriotas através da sua profissão.
E pelo visto o lateral está bem perto de realizar um grande “sonho”. Hoje a Ucrânia ganhou da Escócia por 3 a 1 com certo domínio da partida. O jogo foi realizado no estádio Hampden Park nesta tarde, válido pela semifinal da repescagem europeia para a Copa do Mundo. Agora a Seleção Ucraniana enfrenta o País de Gales no domingo em decisão valendo vaga para o Mundial, o sonho declarado de Zinchenko.
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O nome de maior destaque no confronto foio de Andriy Yarmolenko, que abriu o jogo aos 33 do 1° tempo com um golaço de cobertura. O atacante do West Ham levou perigo ao gol escocês sempre que pôde e tentou marcar outras vezes sem êxito. Quem ampliou o placar foi o jogador do Benfica Yaremchuk, já no segundo tempo, de cabeça. Após o segundo gol da Ucrânia, a Escócia começou a trazer mais perigo ao placar. Se aproveitando da insegurança do goleiro Bushchan, Mcgregor descontou para 2 a 1.
Mas não tinha como, o dia era da Ucrânia e dos companheiros de Zinchenko. O lateral lança para Dovbyk que fecha a conta já no estourar do relógio, 3 a 1 e classificação para a Seleção Ucraniana. Agora falta apenas um jogo, contra Gales, em Cardiff, no domingo (5), para decidir o destino do futebol do país. Prestes a fazer história e voltar para a grande competição de seleções, que não vão desde 2006, a Ucrânia respira algumas horas de esperança em meio ao caos da guerra.