O Cruzeiro foi um dos percursores na popularização do movimento rumo às Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) no futebol brasileiro. Em dezembro do ano passado, o clube divulgou que o ex-jogador da equipe, Ronaldo, entraria como investidor da SAF cruzeirense. Entretanto, a Raposa recusou naquela época uma oferta que poderia chegar a um valor cinco vezes superior ao do Fenômeno.
A direção do clube celeste, que teve a ajuda da XP Investimentos quando buscava por um dono para sua SAF, havia recebido uma oferta da 777 Partners naquele momento. Atualmente, a companhia americana avança para formalizar a compra de outra equipe brasileira da Série B, o Vasco. De acordo com a apuração do Globo Esporte, que teve acesso à proposta, a diretoria cruzeirense recusou a oferta da 777.
Financeiramente, a empresa americana tinha como plano principal investir R$ 250 milhões na SAF. Este valor seria usado inicialmente para reforçar o elenco com novos jogadores e tentar concretizar o pagamento de dívidas mais urgentes do clube. Entretanto, a 777 também planejava entrar com mais R$ 200 milhões para reduzir a dívida atual, que, atualmente, alcançou a casa do R$ 1 bilhão. Ao todo, seriam R$ 450 milhões de aporte.
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Neste processo, os americanos estariam dispostos a arcar com 100% dos pagamentos da dívida do Cruzeiro nos próximos anos. A 777, em troca, iriam assumir 70% da SAF e teriam controle sobre as decisões do futebol da Raposa. Com Ronaldo, entretanto, o investimento “obrigatório” é de R$ 50 milhões e não haverá nenhum real para aporte de dívidas. Ainda existe a opção de integrar outros R$ 350 milhões em investimentos.