Foi ativada a contagem regressiva para a final da Copa Sul-Americana, que contará com um duelo de dois times brasileiros, fato nunca ocorrido antes. Athletico-PR e RB Bragantino entram em campo no próximo sábado (20), no Estádio Centenário, em Montevidéu. Além disso, os times ainda poderão contar com 100% das arquibancadas ocupadas, de acordo com informações divulgadas na última terça-feira, pelo secretário da Presidência do Uruguai, Álvaro Delgado. Desse modo, ambos os brasileiros poderão render uma grande festa nesta final histórica.
Essa será a segunda final disputada pelo Athletico-PR que, em 2018, foi campeão da segunda maior competição continental. Todavia essa será a primeira vez que o RB Bragantino terá a oportunidade de brigar pelo título do torneio continental, cujo vem sendo dominado pelos argentinos. Os hermanos estiveram presentes em quase todas as finais desde a primeira edição. Os clubes argentinos só não estiveram presentes em cinco das 19 edições anteriores, está será a sexta.
Apesar de estarem sempre garantindo espaço na final, os brasileiros vêm logo em seguida entre o países que mais colocaram times na disputa da final da Sul-Americana, está será a nona final, seguido da Colômbia que esteve oito vezes na final. Os colombianos venceram apenas três vezes, enquanto o Brasil vai garantir seu quarto título, tendo em vista que ambos os finalistas deste ano pertencem a nação, fazendo com que os brasileiros ganhem ainda mais vantagem nessa disputa.
Vale destacar que um fato trágico fez com que a final de 2016 fosse cancelada. O título daquele ano seria disputado pela Chapecoense que estava vivendo umas das melhores fases da equipe e vinha embalado para a buscar o título diante do Atlético Nacional da Colômbia, porém, na madrugada do dia 29 de novembro de 2016, o avião que transportava a delegação acabou sofrendo um grave acidente que resultou nas mortes de 71 pessoas, sendo elas tripulantes, jogadores, comissão técnica, dirigentes e um jornalista. Mas apesar de a Conmebol cancelar a final, a pedido do Atlético Nacional, a Chapecoense foi declarada oficialmente campeã daquela edição. Mas, apesar da tragédia, um espírito coletivo de colaboração fez com que a equipe se reerguesse e seguisse em frente. Além da Chape, Athletico-PR, São Paulo e Internacional também garantiram o título da competição continental, cada um uma vez.
Do lado argentino, das 14 finais disputadas, os hermanos levaram nove títulos, sendo o Boca Juniors e o Independente os maiores campeões, não apenas entre os clubes da nação, mas também de toda a competição. Apenas o Boca e o Independente conquistaram a Sul- Americana mais de uma vez. Outro ponto a ser frisado e que está sendo considerado exclusivamente são as disputas da Copa Sul-Americana, apesar desta ter se tornado uma espécie de continuação da extinta Copa Conmebol.
Entre os campeões da competição, três deles venceram de forma invicta, sendo dois desses times brasileiros. O Internacional foi o primeiro a realizar a façanha em 2008, Universidad de Chile, em 2011, e o São Paulo alcançou a marca em 2012 chegando imbatíveis ao título Sul-Americano.
O São Paulo FC, em 2012, o Universidad de Chile, em 2011, e o Internacional, em 2008, venceram a competição de forma invicta, sendo que apenas o Universidad de Chile venceu o jogo de ida e volta pelos placares de 1 x 0 e 3 x 0 o LDU Quito, do Equador. Internacional e São Paulo acabaram ficando no empate em um dos jogos disputados. O Internacional venceu o Estudiantes por 1 x 0 e depois acabou empatando por 1 x 1. Já o São Paulo empatou o primeiro duelo por 0 x 0, mas venceu o Tigres, da Argentina por 2 x 0.
O último time a vencer uma final de Copa Sul-Americana foi o Defesa y Justicia, da Argentina, que superou o clube compatriota Lanús por um placar de 3 x 0, em partida única, modelo adotado desde 2019, quando passou a ser escolhido um local neutro para realização do jogo decisivo da competição. Quem vence se classifica automaticamente para a edição seguinte da Copa Libertadores da América, Recopa Sul-Americana e a Copa Suruga, com o campeão do Japão.