O Atlético Mineiro é conhecido por diversos motivos: é o Galo, é o time de raça, das viradas históricas, do Ronaldinho, do Hulk e principalmente, por sua torcida. A Massa é única, não há nada igual como a festa que os torcedores atleticanos fazem pelo simples motivo do clube existir. Entre esses milhões de apaixonados, tem um em especial: Marcos Cláudio Costa de Moura e Castro, mais conhecido como Baby.
Aos 46 anos, Baby já viveu diversas coisas, torcedor fanático do Galo, desde 2003 ele vive com problemas de saúde por conta de uma cirurgia mal sucedida. Na ocasião, ele passou por um processo cirúrgico para a redução de estômago, de lá para cá, já se foram 22 processos, a 23ª foi marcada para este ano.
Em conversa ao portal “Superesportes MG”, o torcedor contou sua trajetória de vida. Um de seus maiores desejos atuais é estar presente na inauguração da Arena MRV: “Na última cirurgia que fiz, disse ao médico que queria ver a estreia da Arena MRV. Ele riu e falou que eu iria, apesar de ele ser cruzeirense.”
Baby deu continuidade falando como a Arena é um sonho de todos, que ele quer vencer mais um obstáculo da vida para conseguir conhecer: “A Arena MRV é o sonho de todo atleticano, e também é o meu. Quero muito resistir a tudo isso, porque vejo que a cada cirurgia o meu corpo fica mais fraco, então tenho esse temor de entrar na mesa de cirurgia e não sair antes da inauguração da Arena MRV.”
Contextualizando toda a história: em 2003, Baby pesava 203KG e com isso, decidiu passar pelo processo de redução de estômago, infelizmente, a cirurgia não foi bem sucedida, com isso a batalha dele começou: “Fiquei seis meses internado no Hospital Vila da Serra. Mas o médico que me operou em 2003 até hoje é meu médico e virou meu amigo, Dr. Marcelo Farah. Se não fosse a ajuda dele, não sei nem se eu estava vivo.”
Em 2015, ele passou novamente por uma cirurgia, dessa vez com outro profissional, contudo mais uma vez houve complicações, complicações essas que impendem de viver normalmente desde então: “Em 2015, tive uma infecção no abdômen e fui internado no hospital Odilon Behrens e passei por uma operação. Nessa cirurgia, houve um erro. Uma médica perfurou a alça do meu intestino. Hoje, o meu abdômen não fecha mais. Fico sempre corrigindo, mas não fecha desde 2015. Uma tela colocada na região abdominal arrebentou, ainda tenho resquícios dela que geram sempre mais infecções. Já fiz 22 cirurgias, a maioria para corrigir a redução do estômago.”
O torcedor do Galo segue uma lista extensa de ‘obrigações’ para cuidar do problema, sua vida ficou mais limitada, os afazeres do dia-dia, o que não mudou foi o sentimento pelo Atlético. Além disso, Marcos tem história nas torcidas organizadas do Atlético: “Entrei na Galoucura em 1988 e fiquei até 1994, quando fui convidado a ser vice-presidente da Dragões da F.A.O, a primeira torcida organizada do Galo. Sempre fui muito ligado às organizadas. Em 2003, meu amigo Tripa me chamou para entrar na Galo Metal, onde estou como diretor até hoje.”
Não faltam histórias de Baby junto ao Galo, ao lado do time ele já viajou, presenciou títulos, viveu bons e maus momentos, mas acima de tudo é apaixonado pelo clube do coração: “Viajei muito com o Galo. Tem duas que eu mais gosto: a primeira foi quando o presidente Paulo Cury me convidou para viajar com a delegação para Belém do Pará, no jogo Remo x Atlético, em 1996. Ficamos no mesmo hotel e viajamos no mesmo voo dos jogadores. Foi uma viagem épica. Ficamos cinco dias lá com muita festa com as torcidas do Remo e Paysandu. A segunda foi quando o Taffarel me convidou para a despedida dele em um clube de BH.”